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Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira aceitaram falsas promessas de emprego no país. Segundo governo, embaixada na Tailândia já ‘está tomando as providências necessárias’ para repatriação. Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira estavam há mais de três meses sendo vítimas de tráfico humano no Sudeste Asiático
Reprodução/Fantástico
O Ministério das Relações Exteriores informou que estão em andamento as negociações para trazer de volta ao país dois brasileiros vítimas de tráfico humano e escravizados em Mianmar, país na Ásia próximo da China e que faz fronteira com a Tailândia.
Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, e Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, foram mantidos reféns por mais de três meses por uma máfia que aplica golpes cibernéticos, conseguiram fugir do local e foram resgatados com a ajuda da ONG internacional “The Exodus Road”, segundo familiares.
Brasileiros vítimas de tráfico humano em Mianmar já estão na Tailândia
Os dois aceitaram promessas falsas de emprego no país e acabaram vítimas de tráfico humano. O local onde eles estavam é considerado uma “fábrica de golpes online”, e Luckas e Phelipe foram escravizados para aplicar golpes.
Phelipe e Luckas conseguiram fugir com outros imigrantes e foram detidos por agentes do DKBA (Exército Democrático Karen Budista). Após negociações, eles foram incluídos em uma lista de pessoas a serem transferidas para a Tailândia.
Segundo o Itamaraty, com a ida dos brasileiros para a Tailândia, a embaixada em Bangkok iniciou as conversas para garantir que eles sejam repatriados, isto é, trazidos de volta para o Brasil.
O ministério explicou também que, desde outubro do ano passado, já vinha mantendo conversas com os governos locais. Além disso, no último dia 28 de janeiro, a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, discutiu o tema durante a IV Sessão de Consultas Políticas Brasil-Myanmar e “reforçou a necessidade de esforços contínuos para localizá-los e resgatá-los”.
‘Perigos’ de ofertas de emprego na região
Em nota, o governo brasileiro informou que tem emitido alertas sobre “perigos específicos das ofertas de emprego no Sudeste Asiático”.
“A proteção de nacionais vítimas de tráfico e contrabando de pessoas no exterior tem sido uma prioridade da política consular brasileira”, informou o ministério.
“O Portal Consular do Itamaraty alerta sobre o aumento do número de caso de recrutamento de brasileiros para trabalho em plataformas digitais de apostas, na Ásia, em condições migratórias e laborais precárias”, acrescentou.
Segundo o Itamaraty, o ministério tem articulado medidas com o Ministério da Justiça, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal para combater esse tipo de crime contra brasileiros.