

Médico que matou namorada de 15 anos no Mato Grosso confessou que realizou o disparo e disse que estava embriagado no momento – Foto: Reprodução/ND
Réu confesso da morte de Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, 29, namorado da adolescente, foi indiciado por feminicídio e outros seis crimes, cujas penas somadas podem ultrapassar 60 anos de prisão.
O médico se entregou à polícia em 5 de maio, dois dias após a morte da adolescente, e confessou ter atirado na jovem em Guarantã do Norte, no Mato Grosso – a 745 km de Cuiabá. Na ocasião, a defesa alegou que o disparo foi acidental.
Médico que matou namorada de 15 anos alegou embriaguez no momento do disparo
Em depoimento, Bruno afirmou que o disparo ocorreu quando o casal voltava para casa após sair de um bar, com os dois embriagados. A Polícia Civil, no entanto, concluiu que Bruno assumiu o risco de matar ao manusear a arma no carro sob efeito de álcool.
Segundo a investigação, o intervalo entre a saída do bar e a chegada ao hospital foi de apenas 33 minutos. O disparo teria sido realizado entre 0h59 e 1h da madrugada, o carro chegou ao hospital às 1h02. Kethlyn chegou a receber tentativas de reanimação por cerca de 40 minutos, mas não resistiu.
Casal gravou vídeo brincando com arma dias antes da morte da adolescente
Um vídeo postado nas redes sociais de Kethlyn, dias antes de ela receber um tiro, mostram o casal e alguns amigos em um carro. Na gravação, Bruno saca um revólver e começa a brincar com ele, enquanto Kethlyn ri e mostra a língua.
Médico que matou namorada de 15 anos gravou vídeo brincando com arma dias antes de disparar contra a jovem – Vídeo: Reprodução/NDq
Médico que matou namorada de 15 anos foi indiciado
A investigação resultou no indiciamento de Bruno pelos crimes de feminicídio, disparo de arma de fogo, porte ilegal de arma de uso restrito, dirigir sob efeito de álcool, entregar veículo a pessoa não habilitada e servir bebida alcoólica a menor de idade. O inquérito não concluiu que o relacionamento tenha começado antes da jovem completar 14 anos.
Se condenado por todos os crimes, o médico poderá cumprir até 62 anos de prisão.