Mortes crescem 13% em Joinville e doenças crônicas seguem como principais vilãs

Mortalidade em Joinville cresce 13,8% em 2024 com predominância de doenças crônicas

Mortalidade em Joinville cresce 13,8% em 2024 com predominância de doenças crônicas – Foto: Freepik/Reprodução/ND

A taxa de mortalidade em Joinville, no Norte catarinense, teve um aumento expressivo em 2024. Segundo o Relatório de Gestão em Saúde do Município, divulgado na última semana, foram registrados 3.833 óbitos ao longo do ano, o que representa um crescimento de 13,81% em relação a 2023, quando houve 3.368 mortes.

Causas principais da mortalidade em Joinville

As principais causas de morte no município continuam relacionadas às  DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), como enfermidades do aparelho circulatório, neoplasias (tumores) e doenças respiratórias. Esses três grupos, juntos, responderam por 58% dos óbitos registrados no município.

As doenças do aparelho circulatório lideraram entre as causas, com 889 mortes. Em seguida, aparecem as neoplasias, responsáveis por 829 óbitos, e as doenças do aparelho respiratório, com 496 registros.

O que são doenças crônicas não transmissíveis?

São doenças de longa duração e progressão lenta, muitas vezes associadas a fatores de risco como sedentarismo, má alimentação, tabagismo e envelhecimento.

Além do impacto direto na saúde da população, essas enfermidades geram elevados custos econômicos e sociais. Entre as condições mais frequentes estão diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, cânceres e doenças respiratórias crônicas.

Taxa de mortalidade prematura

O Plano Municipal de Saúde 2022-2025 acompanha a taxa de mortalidade prematura (entre 30 e 69 anos) causada pelas principais DCNTs. Após uma queda em 2023, o indicador voltou a subir em 2024. Foram 865 mortes em 2022 (taxa de 275), 785 em 2023 (249,9) e 879 em 2024, com taxa de 274,5. Embora os números ainda estejam dentro das metas estipuladas, a tendência de crescimento preocupa as autoridades de saúde.

Detalhamento das causas de morte

No detalhamento das causas, observa-se que, entre as mortes por doenças circulatórias, 66,25% foram decorrentes de problemas cardíacos, 25,08% de doenças cerebrovasculares e 4,39% de aneurismas.

No grupo das neoplasias, os principais tipos foram câncer de pulmão (13,63%), de mama (7,96%), de pâncreas (6,15%) e de estômago (6,03%).

Já entre as doenças respiratórias, a principal causa foi pneumonia por microrganismo não especificado (39,52%), seguida por doenças pulmonares obstrutivas crônicas (29,44%) e pneumonia bacteriana (8,27%).

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