
O que conhecemos como ômega-3 são tipos de ácidos graxos, extraídos de animais e vegetais, já que o corpo humano não é capaz de fabricar esse nutriente. Assim como os ácidos produzidos naturalmente, existem os suplementos, que passam por controle de qualidade antes de serem comercializados.

Os suplementos de ômega-3 são utilizados para repor o nutriente no corpo humano – Foto: Freepik/ND
Quais os tipos de ômega-3?
O ômega 3 é uma família de ácidos graxos poli-insaturados essenciais para o nosso corpo, e os três principais tipos que a compõem são: ALA (ácido alfa-linolênico), EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico).
Cada um deles possui características e funções distintas no organismo, além de origens alimentares diferentes.
EPA (ácido eicosapentaenoico)
Encontrado em alimentos marinhos, como peixes gordurosos (salmão, cavala e sardinha), o EPA possui uma forme ação anti-inflamatória.
Esse ácido tem propriedades que previnem a arritmia cardíaca, reduzem processos inflamatórios, diminuem o número de triglicerídeos e até são indicados para a suplementação em casos de depressão.
DHA (ácido docosahexaenoico)
Esse tipo de ômega 3 também é encontrado em animais e algas marinhas, mas também está presente na linhaça, nos ovos e até no leite materno, sendo uma fonte de ingestão para os bebês.

A cavala é um dos peixes mais ricos rem ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA). – Foto: Reprodução/ND
A atuação do DHA está ligada às membranas celulares do cérebro e dos olhos, sendo especialmente importante durante a gestação e a infância, quando o sistema nervoso está em desenvolvimento.
Ele também está relacionado à manutenção da função cognitiva ao longo da vida.
ALA (ácido alfa-linolênico)
Tipo de ômega 3 de origem vegetal, encontrado principalmente em sementes de linhaça, chia, nozes e óleo de canola.
O ALA pode ser convertido pelo organismo em EPA e DHA, mas essa conversão é limitada e pouco eficiente — em torno de 5 a 10% para EPA e menos de 1% para DHA.
Qual é o melhor ômega-3?
A partir dos óleos extraídos de plantas e animais, são feitos os suplementos de ômega-3, com inúmeras versões disponíveis no mercado.
Com tamanha disponibilidade, é comum surgir a dúvida de qual é o melhor, quais critérios devem ser elencados no momento da escolha, o que conta pontos a favor da qualidade e quais são os mais saudáveis.

O ômega-3 pode ser ingerido a partir de alimentos e suplementos – Foto: Unsplash/ND
Por isso, existem alguns pontos que merecem atenção na hora de escolher o ômega-3, como você pode conferir nos próximos tópicos.
Pureza e Ausência de Contaminantes
Como o ômega-3 é geralmente extraído de peixes, é fundamental que o produto passe por processos que removam metais pesados, como mercúrio, e outras toxinas ambientais.
A melhor forma de saber se o suplemento é puro é buscar certificações de qualidade e verificar se há testes de terceiros comprovando a ausência de contaminantes.
Concentração de EPA e DHA
Nem todo suplemento de ômega-3 é igual. O que realmente importa é a quantidade de EPA e DHA por dose.
Muitos produtos mostram uma abundância de “óleo de peixe”, mas com pouca concentração de ácidos graxos. Por isso, é melhor procurar por suplementos que esclarecem a quantidade desses dois compostos, assinalando pelo menos 500mg dos ácidos por cápsula.
Certificações de Qualidade
Produtos de alta qualidade costumam ter certificações que atestam sua pureza, potência e segurança. A presença desses selos mostra que o suplemento foi testado e segue padrões rigorosos. Os mais confiáveis são:
- IFOS (International Fish Oil Standards);
- GOED (Global Organization for EPA and DHA Omega-3s);
- Friend of the Sea (sustentabilidade da pesca).
Como escolher o suplemento de ômega-3
Ao selecionar um suplemento de ômega-3, vale a pena dedicar um tempo para pesquisar o histórico da marca, averiguando se a empresa é transparente quanto à origem do óleo de peixe utilizado, mostrando os processos de extração e purificação.
É válido também consultar se a marca realiza testes laboratoriais para garantir a qualidade do produto.
Para buscar tais detalhes, vale a pena acessar o site do fabricante e verificar o rótulo da embalagem.
Ainda nesse aspecto, algumas empresas disponibilizam laudos completos que informam dados como a concentração de ácidos graxos e a ausência de contaminantes, dando mais segurança ao consumidor.
A suplementação de ômega-3 deve ser feita sempre com acompanhamento médico e nutricional, que baseado na rotina alimentar do paciente, saberá a quantidade ideal a ser complementada e indicará outras fontes de alimentos para que o nutriente seja absorvido pelo organismo.
Além disso, fique atento ao preço. Suplementos de qualidade exigem matérias-primas puras e processos de purificação avançados, o que naturalmente encarece o produto.
Preços muito baixos podem indicar baixa concentração de EPA e DHA ou até mesmo presença de contaminantes, comprometendo a eficácia e a segurança.
Por fim, observe o cheiro do suplemento. O ômega-3 de boa qualidade não deve ter um odor forte ou desagradável de peixe, mas um cheiro neutro ou muito suave.
Um odor proeminente de peixe indica que o óleo está oxidado, ou seja, já passou do ponto e perdeu sua qualidade nutricional.