
Cantor era conhecido como ‘a voz mais alta do merengue’ e foi um dos músicos dominicanos mais bem-sucedidos no estilo. Ele foi uma das vítimas do desabamento do teto de uma boate nesta terça (8). Rubby Pérez, cantor dominicano, foi uma das vítimas do desabamento do teto de uma boate na República Dominicana
Reprodução/Spotify
O desabamento do teto de uma boate na República Dominicana na noite desta terça (8) deixou pelo menos 79 mortos, segundo autoridades locais. Uma das vítimas foi o premiado cantor Rubby Pérez, 69, conhecido como “a voz mais alta do merengue”.
O cantor era um dos apresentadores da noite na discoteca. O empresário dele, Enrique Paulino, disse que o show começou pouco antes da meia-noite, e o teto desabou quase uma hora depois. O saxofonista da banda também morreu.
Segundo a “Billboard”, a filha dele, Zulinka Pérez, que teria sido backing vocal no evento, sobreviveu ao desabamento.
Rubby Pérez era considerado um ícone do merengue, com sucesso mundial. Sua morte repercutiu não só na República Dominicana, como em veículos do Panamá, dos Estados Unidos, México, Portugal e mais.
Quem era Rubby Pérez
O cantor dominicano, cujo nome de batismo é Roberto Antonio Pérez Herrera, se formou em um conservatório de música e ganhou fama nos anos 80, ao entrar para a orquestra Wilfrido Vargas.
Ele era conhecido como “A voz mais alta do merengue”. “Um apresentador de um programa de TV chamado ‘El Caribe Show’ queria dizer que minha voz era a de maior qualidade, então ele me chamou de ‘A voz mais alta’ e foi assim que ficou”, disse ao veículo CentroTampa.
Rubby Pérez nos anos 80
Reprodução/YouTube
Com Wilfrido, o cantor ganhou reconhecimento internacional e passou a ser considerado uma estrela do canto popular dominicano. Sua projeção só aumentou com as músicas “El Africano” e “Volveré”. A última é uma das músicas do estilo mais vendidas na história da República Dominicana.
Com mais de 13 álbuns lançados, o músico explorou gêneros como a bachata e o bolero. No YouTube, ele acumula milhões de reproduções em sucessos como “Y No Voy a Llorar” e “Sobreviveré en Vivo”.
Premiado, Pérez acumulou várias honrarias ao longo de sua carreira, como o dominicano Prêmio Casandra por Orquestra do Ano e Merengue do Ano, bem como discos de ouro e platina na Venezuela. Também recebeu os Prêmios Globo de “Melhor Canção” e “Álbum do Ano”.
Em 2014, o músico foi homenageado em Nova York por ajudar as vítimas do terremoto no Haiti, alugando uma casa para quem não teve espaço nos hospitais superlotados.
Apesar de seu reconhecimento na música, Pérez quase teve outra carreira. Segundo a Associated Press, quando jovem, o dominicano sonhava em ser jogador de beisebol. O sonho foi interrompido por um acidente de trânsito em 1972, que o manteve internado em um hospital por um ano.
“Deus tinha outro propósito para mim, que em vez de ter um taco na mão, eu teria um microfone, para poder comunicar às pessoas minha alegria, minha positividade, meu desejo de continuar, não importa o que aconteça”.
Rubby Pérez, cantor dominicano, morreu após desabamento de teto em boate
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