
Pablo Henrique Oliveira Rodrigues, de 32 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no mês passado e estava foragido. Ele é investigado por tentativa de homicídio contra a companheira. Mulher pula da janela do segundo andar para fugir de ameaças do companheiro
O marido da mulher que pulou de um prédio para não ser esfaqueada se entregou à polícia nesta terça-feira (8). O crime ocorreu em fevereiro deste ano, em Contagem, na Grande BH (leia mais abaixo).
Pablo Henrique Oliveira Rodrigues, de 32 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no mês passado e estava foragido. Ele é investigado por tentativa de homicídio contra a companheira, Jhenipher Sabriny de Oliveira, de 31 anos.
Segundo a Polícia Civil, o homem foi ouvido na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Contagem nesta tarde. O Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família apura o caso.
O g1 procurou a defesa de Pablo Henrique Oliveira Rodrigues para um posicionamento, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Tentativa de feminicídio
No último 23 de fevereiro, a empresária Jhenipher Sabriny de Oliveira precisou saltar de uma altura de sete metros de um prédio para fugir do marido, Pablo Henrique Oliveira Rodrigues, que ameaçava matá-la a facadas.
A empresária passou por tratamento médico por semanas, após fraturar pernas e braços na queda. Ela relatou que o companheiro aparentava ter feito uso de drogas e estava agressivo no momento do crime.
De acordo com a empresária, o homem agiu de forma violenta depois que a vítima se negou a retirar uma quantia de R$ 10 mil da conta bancária da empresa do casal, porque o valor seria usado nas despesas da loja.
Ainda conforme o relato da vítima à Polícia Militar, quando estavam em casa, o suspeito pegou uma faca e passou a ameaçá-la de morte. A vítima esperou um momento de distração dele e pulou da janela do quarto.
“Eu pedi ajuda aos meus familiares paternos, e eles pediram medida protetiva para mim. Eu tenho medo, sabe? Eu preciso de ajuda, e se eu não pedir ajuda, eu vou ser mais um número. E eu não quero ser mais um número”.
Pedido de socorro
Com a queda, a vítima teve ferimentos por todo o corpo e chegou a ser socorrido por vizinhos. “Ele desceu do prédio e eu gritei por socorro. Ele me pegou [no colo] e eu gritei, falei da faca, mandei ele levantar a blusa. Pensaram que, pela queda, eu estaria alucinando”, contou Jhenipher.
O suspeito a pegou nos braços, a colocou no carro e saiu do local. A vítima viu uma viatura da Polícia Militar e colocou um dos braços para fora, para pedir socorro.
Os policiais pararam o veículo, e o homem falou que levaria a mulher até a UPA Ressaca, em Contagem. No hospital, Jhenipher ficou internada por 12 dias, tendo seu agressor como acompanhante.
Desde o acidente, ela realiza tratamento contínuo e faz uso diário de medicação para controle da dor.
“Eu fiquei 12 dias com ele no hospital, ele não deixava ninguém ficar comigo. Por medo, eu omiti esse caso esse tempo todo, porque vejo na televisão que a vítima quando pede ajuda, nem sempre tem sucesso. O agressor ainda termina de matar”, relatou a vítima ao g1.
O caso foi denunciado ao Ministério Público de Minas Gerais e à Polícia Civil.
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Reprodução/TV Globo
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