
Levantamento do Grupo ND, por meio do Fiscaliza Verão, mostrou que o uso desenfreado das caixas de som, em Florianópolis, foi um dos pontos que mais incomodaram os veranistas ao longo da temporada de verão.

Caixa de som, em Florianópolis; tema voltou ao debate em Florianópolis e deve resultar em proibição do uso do equipamento não só nas praias, como em outros pontos da cidade – Foto: Jornal ND/Divulgação/ND
As denúncias trouxeram flagrantes de quase “baladas”, em plena madrugada, afetando o sono de moradores.
“Som alto até três da manhã todo dia. De que adianta nós cidadãos respeitarmos as leis e precisar aturar desrespeitos de vizinhos que não se importam com o coletivo?”, destacou um morador do bairro Ingleses, na época.
Apesar de pouco “timming”, com o término da alta temporada, o projeto e a eventual proibição dos dispositivos nas praias, tem tudo a ver com a busca de Florianópolis pelo chamado turismo de qualidade.
Grandes e principais centros de turismo já contam com essa medida, como Balneário Camboriú, Rio de Janeiro e São Paulo. No entanto, há pontos inegociáveis para a eventual execução da lei: informação e fiscalização.
Projeto de Lei Complementar
O Projeto de Lei Complementar que visa proibir o uso de caixas de som e dispositivos nas praias foi empurrado para esta terça-feira (8).
O motivo é que, segundo o líder do PL na Câmara, vereador Gemada, o tema “pode ser melhor construído” entre os vereadores.
Há o entendimento de que essa proibição possa se estender a outros pontos e contextos da cidade como o comércio e até mesmo o transporte público, já que existe um outro projeto, assinado pelo vereador Ricardo Pastrana (PSD), que veta o alto ruído em veículos do transporte público.
A tendência é que Pastrana, em possível articulação com a ex-vereadora e agora a vice-prefeita Maryanne Mattos (PL), possa anexar os dois projetos para que possam ser votados com diversos ajustes.