
A investigação sobre o desaparecimento da estudante universitária, Sudiksha Konanki, ganhou um novo capítulo após o depoimento de um rapaz que estava hospedado no mesmo hotel que ela. Konanki não é vista desde o dia 6 de março, em Punta Cana, na República Dominicana. Segundo informações do portal dominicano Noticias Sin, Joshua Riibe, de 22 anos, foi a última pessoa a ver Konanki. Ele teria afirmado às autoridades, que salvou a jovem das águas agitadas do Caribe antes de perdê-la de vista na escuridão da noite. Entretanto, durante o interrogatório, ele se recusou a responder oito perguntas cruciais.
Ainda de acordo com uma transcrição obtida pelo site, Riibe contou: “Fui um salva-vidas. Peguei-a e a puxei para fora”. No entanto, o estudante da St. Cloud State University, em Minnesota, nos Estados Unidos, foi considerado pessoa de interesse no caso.
Riibe viajou para Punta Cana durante o período de férias e estava hospedado no RIU Hotel & Resort, o mesmo hotel cinco estrelas onde Konanki ficou. Imagens de vigilância mostram os dois caminhando de braços dados pela praia após as 4h da manhã do dia 6 de março. Segundo o relato de Riibe, eles entraram na água até a altura da cintura, conversaram e se beijaram, até serem surpreendidos pela correnteza.

“Uma grande onda nos atingiu e, quando a água recuou, ela nos puxou para o mar”, contou Riibe. Ele afirmou que os dois gritaram por ajuda, mas ninguém estava por perto. Ele alegou ter feito um grande esforço para levar Konanki de volta para a praia, mas encontrou dificuldades. “Demorei muito para tirá-la da água, foi difícil. Fui salva-vidas em piscina, não no mar”, explicou.
O estudante relatou que, após o resgate, ouviu Konanki dizer que iria buscar seus pertences, que haviam sido levados pela correnteza. Segundo ele, a jovem ainda estava em águas rasas, na altura dos joelhos, caminhando em um “ângulo”. “A última vez que a vi, perguntei se ela estava bem. Não ouvi a resposta porque comecei a vomitar toda a água salgada que havia engolido. Depois de vomitar, olhei ao redor e não vi ninguém. Achei que ela tinha pegado suas coisas e ido embora”, afirmou.
Em seguida, Riibe disse que se sentiu mal, sentou-se em uma cadeira de praia e acabou adormecendo. Ele afirmou ter acordado apenas com o nascer do sol e as picadas de mosquitos. Depois, voltou para seu quarto, conversou brevemente com um amigo e dormiu novamente.

A apuração do site dominicano, mostrou que durante o interrogatório com as autoridades, Riibe evitou responder a oito perguntas importantes, sempre repetindo: “Meus advogados me aconselharam a não responder a essa pergunta e estou seguindo essa orientação”.
A estudante foi reportada como desaparecida por seus amigos por volta das 16h do dia 6 de março. Inicialmente, as autoridades acreditavam que o caso se tratava de um afogamento, mas, na última quarta-feira, informaram que não descartam a possibilidade de crime.
O Escritório do Xerife do Condado de Loudoun, na Virgínia, onde fica a cidade natal de Konanki, nomeou Riibe como pessoa de interesse, mas ressaltou que ele não é considerado suspeito, diz o site. Enquanto isso, as autoridades dominicanas investigam a possibilidade de uma queda de energia no resort ter levado os dois até a praia, já que o sistema de vigilância foi desativado no momento.
Outro detalhe que chama atenção são duas transações bancárias misteriosas realizadas por Konanki, horas antes de ser vista pela última vez. A estudante enviou pagamentos de valores desconhecidos para dois usuários diferentes. Um dos pagamentos incluía apenas um emoji de barco à vela, enquanto o outro fazia referência à famosa casa noturna Coco Bongo, em Punta Cana.
As investigações continuam, e as autoridades dominicanas e americanas buscam mais informações para esclarecer o desaparecimento da estudante.