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Dia Mundial do Gato é comemorado nesta segunda-feira (17). Tutores de Araraquara (SP) e São Carlos (SP) são dicas de passeio.
“Rolezeiros” e sociáveis, gatos se adaptam a passeios com coleira, mochila e até carrinho
Passeios no condomínio, no parque, praças ou até mesmo em shoppings e restaurantes fazem parte da rotina de duas tutoras com seus felinos em Araraquara (SP) e São Carlos (SP).
Cada vez mais presentes em lares, os gatos tido muitas vezes como ariscos mostram que são muito sociáveis e adaptáveis também fora de casa. Os rolês de guia, de mochila ou de carrinho de transporte acabam virando sinônimo de diversão.
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No Dia Mundial do Gato, comemorado nesta segunda-feira (17), o g1 traz a história da Naiana Massitelli e o filhote siamês Draco, de 1 ano, e do casal Ivy Zuanon e João Gimenes Pedroso, tutores de Leozinho e Nenê, ambos de 8 anos.
“Desde o primeiro dia que adotei ele de um abrigo, já comprei uma coleira e acostumei a usar, mesmo que fosse só no colo no começo. Ele sempre teve o costume de sair comigo, então não foi super difícil, mas também não foi algo instantâneo. Precisa de paciência e adaptação”, contou Naiana.
Tutores passeiam com seus gatos com mochilas de transporte e coleira em Araraquara e São Carlos
Arquivo pessoal
Devagarinho e em boa companhia
A tutora comentou que introduziu os passeios aos poucos, dentro do condomínio e em lugares de pouca movimentação. Depois foi a vez de levar ao parque, até que se viu passeando em shoppings e restaurantes com o Draco. De guia ou de carrinho, o gatinho se sente seguro e já é figurinha conhecida em estabelecimentos comerciais de Araraquara.
“Respeitar o tempo do gato também é fundamental. Evitar lugares muito movimentados no início ajuda bastante a evitar traumas”, contou.
Para fazer companhia ao felino, a tutora resolveu adotar o chihuahua Gollum. Os dois são inseparáveis e dão rolês juntos em um carrinho em espaços públicos ou privados. A mochila de transporte e a guia também fazem parte dos acessórios.
“Eles se dão super bem e fazem tudo juntos, até dormem um ao lado do outro. Desde o momento em que cheguei com o cachorro em casa, o Draco aceitou ele de primeira”, comentou.
Gollum e o gato siamês Draco são inseparáveis e curtem passear com a tutora em Araraquara
Arquivo pessoal
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Dicas
A médica veterinária Aline Chechi Raymundo 38 anos, é especializada em felinos e deu algumas dicas de como conduzir felinos em passeios.
Um dos principais pontos é saber que cada gato tem um perfil e nem todos vão curtir passear. Ela explicou também que os felinos são animais adrenérgicos, ou seja, respondem com facilidade a estímulos estressantes além de terem hábitos noturnos.
“Como o comportamento do gato é muito peculiar. Quem vai ditar as regras se esse passeio será saudável ou não é o gato. Gatos são mais ativos à noite. Quanto mais silencioso e calmo o local estiver, menor o risco de traumas ou de sustos”, disse.
Nenê e Draco são adeptos de passeios com guias em Araraquara e São Carlos
Arquivo pessoal
Outra dica da veterinária é na escolha da coleira, no caso a peitoral, pois traz uma sensação de “liberdade” maior ao felino.
“A peitoral não se torna algo de risco como uma coleira de pescoço, pois o gato pode entender a pressão no pescoço como um ataque. A introdução do passeio deve ser feita lentamente, ir aos poucos afastando o felino da casa e segurando sempre pela guia. De preferência para o período da noite”, contou.
Ter muita paciência e carinho são essenciais para um rolê de sucesso. Para isso, o tutor deve começar dentro de casa e sem pressa.
Peculiares
De comportamento peculiar, os felinos tem um tempo próprio e bem diferente da maioria de outros animais. Às vezes estão mais dispostos a sair, mas podem ter dias também que “empacam” e não arredam a pata do lugar. “Gatos sendo gatos”, diria algum meme.
A tatuadora Ivy Zuanon, de 27 anos, começou a andar com os gatos em coleiras há três anos. Nêne e o Leozinho são felinos idosos e seus comportamentos mudam de acordo com o humor e disposição do dia. “O Leozinho relutou bastante para colocar coleira no porque assim que colocava ele se jogava no chão e virava um pão de forma”, disse aos risos.
Mas com o tempo, o bichano percebeu que o acessório era sinônimo de diversão e hoje em dia já mia pedindo para dar um rolê. A única coisa que a tutora reclama é que o gato adora rolar na grama e na terra, e volta imundo para casa. Como Ivy se mudou para um apartamento menor, o espaço ficou mais restrito e ela procura levar os dois sempre que pode para brincarem nos espaços livres do condomínio.
João e Leozinho após um rolê de tirar o fôlego do bichano em São Carlos
Arquivo pessoal
“Ele geralmente volta todo sujo e precisa dar banho por isso não saio sempre. Mas alivia muito a ansiedade deles. Gostam de rolar em todos os arbustos, na terra. Dou um petisco depois também e dormem a tarde toda. O Leozinho é carente e adora ver pessoas, ele é emocionado e fica muito feliz quando sai”, comentou Ivy.
A veterinária Aline reforçou que os tutores devem evitar passeios com gatos muito bravos ou irritados de difícil manipulação, pois em uma situação de perigo, se torna muito difícil controla-los, além de ficarem agressivos. Agora, bichanos brincalhões e agitados são os que mais se encaixam no perfil dos “rolezeiros”.
“Gatos agitados, brincalhões e que gostam de muito atenção, acabem sendo os que mais necessitam aproveitam os passeios, pois eles tem um momentinho de liberdade e podem, brincar com outras coisas e até mesmo caçar, o que se torna muito saudável levando em consideração que a caça para os felinos é uma diversão”, conclui.
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