Conheça região de cânions, cachoeiras e piscinas naturais de águas cristalinas que ‘se transforma’ a cada ano em Goiás


Ponto de turismo de aventura muda a cada ano e tem uma beleza variável conforme a posição do sol. Destino inclui trilha íngreme e atrai visitantes mais aventureiros. Conheça a Bocaina do Farias, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás
Um destino turístico que muda a cada ano e que oferece uma experiência diferente a cada mês, conforme a posição do sol. Essa é a Bocaina do Farias, uma área de cânions com piscinas naturais e águas cristalinas que fica em São João d’Aliança, no nordeste de Goiás. Veja a seguir os desafios e as belezas desse atrativo que fica na região da Chapada dos Veadeiros.
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Considerado como um lugar desafiador pelos turistas, visitar a Bocaina do Farias significa percorrer 2,5 quilômetros de uma trilha íngreme. De acordo com a guia de turismo Poliana Bertelli, o local fica 300 metros abaixo do nível de altitude do local onde os carros dos visitantes são deixados.
“É um desafio e tanto. Mas tem cordas pelo percurso que ajudam na descida e na subida”, afirmou Poliana.
Dentro do cânion, a guia explicou que é preciso caminhar cerca de 200 metros até chegar a uma área com água. No entanto, a formação das piscinas naturais e a quantidade de travessias que serão realizadas a nado dependem das mudanças provocadas pela época de chuvas anterior.
“A cada chuva, ocorre uma transformação no cânion. Ano passado, tinha duas passagens a nado. Esse ano, pode ser que tenha descido mais areia e não vai precisar nadar. Então, depende muito de como vai estar quando a época de chuva acabar”, contou.
Após a trilha, há uma pequena cachoeira onde os visitantes podem se refrescar. Ao entrar no desfiladeiro, os turistas passam por cânions com alturas que variam de 50 a 60 metros.
Bocaina do Farias, em Goiás
Poliana Bertelli/Arquivo pessoal
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No final, os visitantes encontram uma piscina natural de água fria e cristalina com cerca de oito metros de profundidade, onde está a Bocaina propriamente dita. No espaço, entram raios de sol que refletem nas paredes de quartzo siltito – um tipo de rocha de graulação bem fina – , e iluminam o lugar de um jeito diferente conforme a posição da luz.
“De abril a agosto, é mais escuro. De agosto até outubro, entre sol das 11h30 às 14h os raios de sol entram”, informou Poliana.
Bocaina do Farias, em Goiás
Poliana Bertelli/Arquivo pessoal
Essa luz especial foi um dos motivos que fizeram o empresário Iannis Zazelis sair de Brasília para visitar a Bocaina do Farias. Viajado e fã de turismo de aventura, ele considerou que o lugar tem algo único, que vale a pena ser descoberto.
“O deslocamento do sol sempre dá uma entrada de luz bonita para foto. Existem outros cânions no Brasil que também tem uma beleza como essa, mas qualquer pessoa, que já visitou qualquer outro lugar, vai chegar lá e se impactar”, contou o empresário, que esteve no atrativo no mês de setembro.
Iannis já visitou mais de 45 países e 650 cidades, mas contou que uma publicação que fez com fotos da Bocaina do Farias foi uma das que mais repercutiu nas redes sociais.
“Muita gente perguntou sobre o lugar. Recomendo demais, tanto para quem estiver de passagem, quanto para quem quiser ir só para visitar”, afirmou.
O lugar
O termo Bocaina é de origem tupi-guarani e significa “serra estreita, desfiladeiro”. O “Farias”, vem do nome do rio que passa pelo atrativo, informou a guia Poliana Bertelli.
O atrativo fica a 56 quilômetros de São João d’Aliança, sendo 30 deles de asfalto. A Bocaina do Farias pode ser visitada entre os meses de abril e outubro. O fechamento é realizado na época de chuva para evitar acidentes.
É obrigatório o uso de capacete, que é fornecido pela administração do atrativo, informou Poliana Bertelli. A água não é tão fria a ponto de ser necessário o uso de roupa de Neoprene, declarou ainda a guia.
O valor da entrada no atrativo para 2025 ainda não foi definido. Mas, Iannis Zazelis contou que gastou cerca de R$ 200 com o deslocamento, a visita e o guia.
As visitas duram cerca de seis horas e podem ser realizadas em grupos de até oito pessoas.
Bocaina do Farias, em Goiás
Poliana Bertelli/Arquivo pessoal
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