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Frederic J. BROWN
A tempestade mais forte deste inverno (no hemisfério norte) atingiu nesta quinta-feira (13) o estado da Califórnia, onde as autoridades de Los Angeles se preparam para inundações e deslizamentos de terra nas áreas carbonizadas pelos grandes incêndios florestais de janeiro.
Fortes precipitações caem ao longo desse estado localizado na costa oeste dos Estados Unidos, com acúmulos de até 150 milímetros em 48 horas previstos em algumas áreas da região pelo Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês).
A queda desse volume de água em um período tão curto de tempo poderia causar problemas em áreas já devastadas pelas chamas, que deixaram pelo menos 29 mortos no mês passado.
“Há um grande risco de inundações, especialmente em áreas urbanas, e ao redor delas, assim como deslizamentos de escombros”, advertiu Ryan Kittell, meteorologista do NWS, no início da semana.
As zonas mais perigosas são os fluxos de escombros dos incêndios nas comunidades de Pacific Palisades e Altadena em Los Angeles.
O risco de deslizamentos aumenta nas colinas da área onde a vegetação, que contribui para segurar o solo, foi consumida pelas chamas. Além disso, o calor dos incêndios endurece o solo e o torna menos permeável.
As autoridades locais disseram que quem vive perto dessas colinas deve estar pronto para deixar suas casas.
Trabalhadores colocaram milhares de sacos de areia e barreiras de concreto em Los Angeles nas últimas semanas em uma tentativa de limitar a erosão do solo.
O NWS explicou ainda que os períodos da tarde e da noite devem ser os mais perigosos.
“Durante esses períodos de máxima intensidade é possível que chova entre meia e uma polegada [25,4 mm] por hora, com precipitações localizadas de até 1,2 polegada por hora [38,1 mm]”, especificou a agência.
A tempestade é gerada por um rio atmosférico, como é denominado um grande corredor de chuva que carrega bilhões de litros de umidade do Oceano Pacífico.
Embora haja grande preocupação com a possibilidade de inundações, o estado precisa urgentemente de chuva. Até o início de fevereiro, a região não havia registrado precipitações significativas em oito meses.