Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou neste sábado (18) que pode encerrar cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas. Isso acontecerá caso a lista com os nomes das pessoas sequestradas e que serão libertadas não seja entregue a Israel.
Em ameaça de encerrar cessar-fogo, Netanyahu culpa Hamas
“Israel não tolerará violações do acordo. O Hamas é o único responsável”, alertou o premiê de Israel em comunicado divulgado pelas redes sociais.
Israel assinou o acordo de cessar-fogo nesta sexta-feira (17) para encerrar a guerra com o grupo terrorista Hamas, segundo as agências internacionais AFP e Reuters. Fruto de intensa negociação, o contrato pode pôr fim à guerra que já dura mais de um ano na Faixa de Gaza.
A proposta deve entrar em vigor de imediato. As determinações incluem a libertação de reféns mantidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
Exigências de Israel em primeira etapa são motivo para encerrar cessar-fogo
Nesse primeiro momento o Hamas precisa libertar 33 reféns, ou devolver os corpos de quem estiver morto, em um período de seis semanas. Em contrapartida, Israel vai libertar 50 palestinos.
Dos reféns do Hamas, cinco são soldadas israelenses. Já do outro lado, o exército governado por Netanyahu mantém 30 pessoas ligados ao Hamas.
O Ministério da Justiça de Israel divulgou a lista parcial com 95 prisioneiros que devem ser soltos na troca pelos reféns. A deputada palestina Khalida Jarrar, da Frente Popular para a Libertação da Palestina, estaria confinada em uma solitária.
Na primeira etapa do cessar-fogo, a ajuda humanitária à palestina deve aumentar e 600 caminhões podem entrar por dia no território. O exército israelense deve se retirar e os civis palestinos vão poder retornar para suas casas.
Mesmo com comunicado de encerrar cessar-fogo, Israel se prepara para libertar reféns
O Ministério das Relações Exteriores de Israel tinha informado, na manhã deste sábado, que as Forças de Defesa do país estão se preparando para implementar o acordo para o retorno dos reféns.
Mais de 46 mil pessoas foram mortas no conflito, sendo mais da metade mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A guerra com o Hamas começou em 7 de outubro de 2023.
*Com informações de R7