Diferente do que aconteceu no começo do ano, a reunião ampliada proposta pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) para falar sobre as obras de expansão da SC-401, deixou impressões positivas na manhã desta quarta-feira (21).
Começa pela sintonia entre o Estado e o Município que, mais do que nunca, precisa estar em pleno funcionamento.
Deixou, de concreto, a instalação do canteiro de obras para o trabalho que prevê, até o início da temporada, liberar o trânsito na 3ª faixa que soma cerca de 2 quilômetros de extensão, entre Santo Antônio de Lisboa e o acesso a SC-402, rumo à Jurerê.
Sobre a parte mais “robusta” da obra, o projeto foi compartilhado e, na teoria, tem tudo para revolucionar a mobilidade do Norte da Ilha.
Apesar de toda essa positividade que paira sobre a expectativa, há um longo e rigoroso caminho até que a população seja finalmente contemplada com tamanho alívio.
Dentro dos prazos expostos – a começar pela contratação de uma empresa – é difícil ter alguma novidade, na melhor das hipóteses, antes de 2025.
Paralelo ao trâmite tem a complexidade de uma obra que prevê pistas nos dois sentidos, ciclovias, passeios e três viadutos novos, tudo isso orçado em R$ 75 milhões.
Será um longo hiato até que, de fato, a população desfrute de trajetos mais animadores e menos estressantes ao norte da rodovia mais importante de Santa Catarina.
Dentro de todo esse panorama, ainda existem duas questões que precisam ser colocadas em destaque, primeiro e mais urgente: é preciso um sistema que preste socorro ao fluxo que, a cada motor enguiçado, simplesmente interrompe o eixo central da Ilha; o segundo e, dessa vez, passível de um debate: com toda a intervenção prevista, ainda estaremos nos referindo a uma autoestrada no meio da cidade.
É preciso que os futuros gestores pensem na municipalização da via que, atualmente, foi engolida pela urbanização.