Diversos animais já foram extintos na natureza por vários motivos. No entanto, algumas espécies consideradas extintas “reapareceram” em seus habitats, contrariando as estimativas de pesquisadores e cientistas.
Algumas dessas espécies ficaram desaparecidas por milhares de anos, até finalmente serem encontradas e retiradas da lista de extinção. O portal Mega Curioso listou cinco animais que conseguiram retornar à natureza após serem considerados extintos.
Conheça cinco espécies consideradas extintas que retornaram para natureza
Aldabra Rail
Com uma história impressionante na natureza, essa ave passou pelo processo de evolução iterativa. O fenômeno ocorre quando estruturas iguais ou similares evoluem a partir do mesmo ancestral comum, mas em momentos diferentes – ou seja, o animal surge por duas vezes.
Os Dryolimnas cuvieri migraram da ilha de Madagascar para um atol chamado Aldabra há milhares de anos. Pela falta de predadores e a abundância de comida no local, a espécie perdeu a habilidade de voar. Porém, há 136 mil anos o atol foi inundado, causando a extinção dos animais.
O local ficou inundado por cerca de 36 mil anos. Após esse período, o nível do mar baixou e Aldabra voltou a ser habitável. Uma nova leva de Dryolimnas cuvieri migrou para lá e novamente os animais perderam a capacidade de voar, fazendo com que o Aldabra Rail ressurgisse mesmo após ser extinto.
Tagarela-de-sobrancelha-negra
Esse pássaro foi encontrado pela primeira vez em 1850, na ilha de Bornéu, localizada na Indonésia.
Os pesquisadores especializados em aves haviam encontrado apenas um único espécime nessa ocasião. Após o encontro, não houve mais avistamentos por 170 anos e a ave Tagarela-de-sobrancelha-negra entrou para as espécies consideradas extintas.
Após 170 anos, em 2021, os pesquisadores da Indonésia e de Singapura em acharam evidências da existência do pássaro na natureza.
Caranguejo de Serra Leoa
Em 2021, o pesquisador Pierre Mvongo Ndongo saiu em busca dessa espécie nas florestas tropicais de Serra Leoa. O caranguejo de Serra Leoa não era registrado desde 1955 e era considerado extinto.
A expedição durou cerca de três semanas e o cientista conseguiu encontrar seis caranguejos vivendo em buracos no meio da floresta, realizando um marco para a ciência.
Esses animais são bem diferente dos que vivem próximos da água, sendo mais coloridos, possuindo pulmões especiais e até mesmo subindo em árvores.
Celacanto
Considerado extinto há cerca de 66 milhões de anos, juntamente com os dinossauros, esse peixe surpreendeu a comunidade cientifica no ano de 1938, sendo reencontrado na costa leste da África do Sul.
O Celacanto possui uma vida bastante diferente de outros animais, já que só começa a se reproduzir quando chega aos 55 anos de vida.
Além disso, possui ossos nas nadadeiras, o que pode ser um indício da evolução de animais marinhos para animais terrestres.
Salamandra Jackson
Descoberta em 1975, essa salamandra estava na lista de espécies consideradas extintas há mais de 40 anos, quando o pesquisador Carlos Vasquez, da Universidade de San Carlos, na Guatemala, resolveu buscar pelos animais.
Reunindo guardas da reserva onde estava fazendo as buscas, Vasquez mostrou fotos da espécie e explicou a importância de encontrar o animal. Em outubro de 2018, o guarda Ramon León achou a salamandra enquanto patrulhava os limites da reserva.
A descoberta mostrou o quão importante é a conscientização em relação às espécies em risco de extinção ou já extintas.