Embaixadora do Brasil deve representar o país na posse de Donald Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald TrumpJIM WATSON

A embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, foi designada para representar o governo brasileiro na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para a próxima segunda-feira, 20 de janeiro. A informação foi compartilhada pelo portal “g1”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi convidado para a cerimônia, o que segue a tradição americana. Diferente do Brasil, onde é comum que chefes de Estado participem da posse de seus pares, nos EUA o protocolo é convidar apenas os embaixadores dos países. Caso o embaixador não possa comparecer, o país pode enviar o encarregado de negócios, número dois da missão diplomática.

Até o momento, o presidente Lula não teve conversas com Trump sobre a relação entre os dois países, e não há movimentação para uma ligação telefônica nos próximos dias, conforme afirmam assessores do governo brasileiro.

Embora o presidente brasileiro tenha ficado de fora da lista de convidados, o presidente da Argentina, Javier Milei, segundo informações do jornal La Nación, estará presente na posse de Trump, sinalizando uma aproximação de Milei com o ex-presidente americano.

Apesar do distanciamento político entre Lula e Trump, diplomatas acreditam que as relações entre Brasil e Estados Unidos deverão continuar estáveis, com foco nos negócios. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, e o governo brasileiro buscará uma postura pragmática para preservar essa relação.

Trump, ideologicamente alinhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu apoio de Bolsonaro durante sua reeleição e, no ano passado, Lula manifestou apoio a Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, o que gerou tensões nas relações entre os dois líderes.

Convite a Bolsonaro 

O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, também afirmou que foi convidado para a posse de Trump e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação de seu passaporte para viajar. A solicitação está sendo analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou que Bolsonaro comprove à Corte o convite formal.

Desde fevereiro de 2024, Bolsonaro tem seu passaporte apreendido pela Polícia Federal como parte de uma investigação relacionada à tentativa de um golpe de Estado para mantê-lo no poder.

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