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Florianópolis foi a cidade de Santa Catarina que mais registrou furtos de energia elétrica, os chamados “gatos”, em 2023. De acordo com a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), foram registradas 1.472 ocorrências na Capital, número que representa 6,8% do total de irregularidades no estado.
![Furtos de energia Trabalhadores da Celesc fiscalizando furtos de energia elétrica](https://static.ndmais.com.br/2024/03/fiscalizacao-desativa-66-gatos-de-agua-e-de-energia-e-prende-12-pessoas-em-criciuma-2-800x420.jpg)
Florianópolis foi a cidade de Santa Catarina que mais registrou furtos de energia elétrica, os chamados “gatos”, em 2023 – Foto: Divulgação/PM/SC
Mas afinal, quem paga essa conta que não fecha no fim do mês? De acordo com a Celesc, os próprios consumidores arcam com o prejuízo quando algum consumidor decide fazer uma ligação elétrica clandestina.
A subsidiária ressalta, no entanto, que esse “prejuízo” é pago pelos consumidores até um certo limite, estabelecido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Acima desse limite quem paga a “conta” é a Celesc.
Na prática, a Aneel define anualmente uma meta para o índice de perda não técnica de cada concessão. Em 2023, a meta era 10,6%, contudo, foi furtado o equivalente a 16,9% da energia efetivamente fornecida e faturada no país.
Nesses casos, quando a perda real fica acima da meta regulatória, a distribuidora não pode repassar todos os custos com os “gatos” para os consumidores, podendo repassar apenas os custos equivalentes ao limite regulatório, o qual varia em cada estado.
Dessa forma, em Santa Catarina, o consumidor residencial paga, em média, R$ 2,22 a mais por causa dos furtos e fraudes de energia elétrica – o equivalente 1,5% a mais na conta de luz.
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Em Santa Catarina, o consumidor residencial paga, em média, R$ 2,22 a mais por causa dos furtos e fraudes de energia elétrica – Foto: Divulgação/ ND
Para fazer o cálculo, a Celesc explica que a tarifa para o consumidor residencial é de R$ 592,96 por Megawatt-hora (Mwh). Considerando o percentual de 1,5%, esse valor representa, em reais, R$ 8,89 por MWh, ou 1 mil Kwh. Como, geralmente, uma residência consome 250 KWh por mês, em média, proporcionalmente, ela pagaria R$ 2,22.
Vale ressaltar que o furto de energia elétrica é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de 1 a 4 anos de reclusão.
Furtos de energia elétrica no estado
Depois de Florianópolis, Joinville é a cidade que mais registrou furtos de energia elétrica no estado em 2023. O município mais populoso de Santa Catarina aparece em segundo lugar no ranking, com 881 casos. Em seguida estão Criciúma, com 724; Itajaí, com 644; e Palhoça, com 606.
Dez municípios de SC com mais registros de “gato” em 2023
- Florianópolis – 1.472
- Joinville – 881
- Criciúma – 724
- Itajaí – 644
- Palhoça – 606
- Sao José – 564
- São Francisco do Sul – 533
- Jaraguá do Sul – 491
- Balneário Camboriú – 444
- Lages – 355