Na noite desta segunda-feira (19), ocorre a primeira das quatro Superluas previstas para 2024, trazendo um presente especial: a terceira Lua cheia da temporada, conhecida como “Lua Azul” na tradição anglo-saxônica, um fenômeno relativamente raro.
Às 20h26, a Lua estará cheia, cerca de 35 horas antes de atingir o perigeu, a menor distância da Terra, a 360.198 km de nós (comparada à distância média de 384.000 km). Isso fará com que a estrela pareça um pouco maior, mais brilhante e mais próxima, um fenômeno popularmente conhecido como “Superlua”.
Embora o termo não tenha valor científico, em astronomia, é usado “Lua Cheia no Perigeu”, mas “Superlua” tem seu charme.
Como o ciclo lunar dura cerca de 29 dias e meio, geralmente há três Luas cheias por temporada. No entanto, quando há quatro, a terceira é chamada de “Lua Azul”.
A última ocorreu em 2021, e a próxima será em 2027. Tanto a Lua Cheia quanto a Lua Nova podem ser “Superluas” se ocorrerem perto do perigeu. Em 2024, haverá nove Luas brilhantes: quatro cheias e cinco novas, um fenômeno relativamente comum.
Próxima Superlua será mais brilhante
“A próxima Superlua será cerca de 6% maior e um pouco mais brilhante que a média, mas apenas um observador experiente notará a diferença”, afirma Gianluca Masi, astrofísico e diretor do Projeto Telescópio Virtual.
“Essas variações são sutis, mas acrescentam charme ao evento, uma oportunidade valiosa para admirar nosso satélite no céu noturno, uma paisagem cada vez mais negligenciada.”
O espetáculo da Lua Cheia, especialmente de uma Superlua, é mais impressionante no nascer ou pôr da Lua, que ocorre ao anoitecer e amanhecer. Durante o crepúsculo, segundo Masi, a luz solar residual permite admirar a paisagem da Terra enquanto a Lua cheia surge ou se põe no horizonte.
À noite, sua luz é intensa, quase ofuscante, em comparação com a luz suave do ambiente. A ilusão de ótica faz com que a Lua pareça maior quando projetada atrás de edifícios ou elementos da paisagem.”
“A Superlua oferece uma oportunidade preciosa para despertar o interesse pela observação do céu, mesmo em áreas urbanas, onde a poluição luminosa prejudica a visibilidade das estrelas”, conclui Masi.
Vale ressaltar que no dia 19 de agosto, a Superlua estará na constelação de Aquário, na metade sul do Zodíaco, e será capturada pelo Projeto Telescópio Virtual, que compartilhará o evento com espectadores ao redor do mundo, com comentários ao vivo de Gianluca Masi.