O clonazepam é um remédio de uso controlado utilizado no tratamento de transtornos psiquiátricos. Substância foi usada para sedar uma criança de 9 anos que foi achada morta numa lixeira, no Rio Grande do Sul. A mãe confessou ter dopado a criança, pois, segundo ela, Kerollyn Souza Ferreira tinha um comportamento agressivo.
Remédio pode causar dependência em uso a longo prazo – Foto: iStock/Reproduçõa/ND
O que é clonazepam?
Segundo o MS (Ministério da Saúde) o clonazepam – princípio ativo vendido sob o nome comercial Rivotril – é um remédio da classe dos benzodiazepínicos, medicamentos que atuam diretamente no SNC (Sistema Nervoso Central) aumentando o efeito do neurotransmissor GABA, principal inibidor do SNC.
A inibição causada pela substância possibilita uma ação anticonvulsivante, de leve sedação e relaxamento muscular, e com efeito tranquilizante.
Para quem o medicamento é indicado?
O clonazepam é indicado para auxiliar no tratamento de pacientes com diagnóstico de transtornos psiquiátricos ou doenças neurológicas como:
- Distúrbios epiléticos;
- Transtornos de ansiedade;
- Depressão maior;
- Síndrome do pânico;
- Transtornos de humor;
- Síndrome das pernas inquietas;
- Síndrome da boca ardente;
- Vertigem e outros sintomas ligados a alteração do equilíbrio.
Riscos do uso sem indicação médica
A substância deve ser utilizada somente com supervisão e indicação médica, por conta dos riscos relacionados à dependência. Conforme alerta do CFF (Conselho Federal de Farmácia), o uso prolongado do clonazepam pode provocar dependência física e psíquica.
O CFF explica ainda que, o consumo em excesso do remédio por causar:
- Vertigem;
- Prejuízo de cognição;
- Diminuição no tempo de reação;
- Tontura;
- Overdose.
Entre as reações adversas, a substância pode provocar:
- Paranoia;
- Pensamentos irracionais;
- Pesadelos vívidos;
- Pensamentos obsessivos;
- Mudanças de humor não explicáveis;
- Perda de apetite.
Por conta do efeito depressor no sistema nervoso central, o clonazepam pode ser perigoso se associado a outros medicamentos, causando a diminuição na frequência respiratória.
