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Florianópolis registrou uma alta de 0,40% na inflação em setembro, segundo o ICV (Índice de Custo de Vida), calculado pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina). No acumulado do ano, a inflação já supera a marca de 4% na capital catarinense.
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A mudança na bandeira tarifária provocou inflação nos custos relacionados à habitação – Foto: Celesc/Divulgação
Segundo dados da Esag (Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas da Udesc), o aumento dos preços dos produtos e serviços se deve sobretudo à tarifa da energia elétrica, que teve bandeira vermelha (patamar 2) no mês de setembro.
A inflação acelerou levemente em relação a agosto, quando foi registrado um aumento de 0,32%. Este mês também supera o índice de setembro do ano passado, que ficou em 0,31%.
O levantamento ressalta que o índice acumulado dos últimos 12 meses subiu para 5,18%, enquanto o acumulado ao longo de 2024 soma 4,17%.
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Os setores com as maiores altas foram: habitação; saúde e cuidados pessoais; e alimentação e bebidas – Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo/Reprodução/ND
O ICV revela a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. O relatório é divulgado todo mês e os dados atuais foram coletados entre o dia 1º e 30 de setembro.
A Esag esclarece que a metodologia do ICV é a mesma utilizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o cálculo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O IBGE, no entanto, não calcula a inflação de Florianópolis.
Alimentos ficaram mais caros com a inflação de Florianópolis
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A falta de chuvas e as queimadas provocaram a inflação do café em pó – Foto: Reprodução/ND
A mudança na bandeira tarifária provocou o aumento de 7,22% no custo da energia elétrica residencial em setembro. De acordo com o estudo da Udesc, isso fez com que os preços relacionados à habitação tivessem o maior crescimento entre os setores analisados (1,24%).
Além disso, os preços da alimentação aumentaram 0,65% na capital catarinense. As refeições fora de casa subiram 0,57%, mas o que ficou mais caro foram os produtos comprados em feiras e supermercados, com 0,71%.
Confira os alimentos e bebidas que registraram a maior inflação:
- Mamão: 10,5%
- Costela suína: 9,1%
- Café em pó: 8,15%
- Leite condensado: 4,1%
- Uva: 3,9%
- Feijão preto: 3,7%
- Água mineral: 3,33%
- Açúcar refinado: 3,21%
- Melancia: 3,12%
- Óleo de soja: 2,8%
- Pão de queijo (padaria): 2,78%
- Patinho: 2,28%
- Laranja paulista 2,09%
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O setor de vestuário teve queda nos preços em Florianópolis – Foto: Freepik/Reprodução/ND
O levantamento da Esag explica que o preço do café tem aumentado nos últimos meses devido à falta de chuvas e às queimadas, que reduziram a produção e aumentaram os custos do café verde.
Alguns alimentos, por outro lado, ficaram mais baratos em setembro: cebola de cabeça (-5,8%), tomate (-4,3%), beterraba (-3,1%), ovos de galinha vermelhos (-4%), morango (-6,4%) e abacaxi (-5,5%).
As despesas com vestuário (-1,20%), despesas pessoais (-0,11%), educação (-0,47%) e comunicação (-0,02%) também registraram queda.