Um raro espetáculo cósmico ocorreu com o alinhamento de sete galáxias. Conhecido como “lente carrossel”, esse fenômeno oferece uma oportunidade única para explorar as profundezas do universo e investigar questões fundamentais, como matéria e energia escura.
O fenômeno ocorre quando um aglomerado de sete galáxias, localizado a aproximadamente 5 bilhões de anos-luz da Terra, distorce o espaço-tempo ao seu redor – Foto: Canva/Divulgação/ND
O fenômeno ocorre quando um aglomerado de galáxias, localizado a aproximadamente 5 bilhões de anos-luz da Terra, distorce o espaço-tempo ao seu redor. Isso amplifica e redireciona a luz de galáxias mais distantes, que estão entre 7,6 e 12 bilhões de anos-luz de distância.
O resultado é uma ampliação significativa, permitindo que os astrônomos observem galáxias muito distantes, que de outra forma seriam invisíveis. Esse processo possibilita avanços no estudo de componentes misteriosos do universo, como a energia escura.
Sete galaxias foram descobertas com tecnologia avançada
Esse alinhamento perfeito foi capturado por meio do DESI (Dark Energy Spectroscopic Instrument) e o Telescópio Espacial Hubble. O efeito visual, conhecido como Cruz de Einstein, forma quatro imagens de uma galáxia projetadas ao redor de um cúmulo de galáxias.
Este fenômeno específico é o maior e mais simétrico já registrado, devido à distribuição de massa dominada pela matéria escura no aglomerado.
A descoberta das lentes gravitacionais mais bem alinhadas permite a investigação da matéria escura e da energia escura – Foto: Diário do Astrofísico/Divulgação/ND
Lente gravitacional na descoberta às sete galáxias
A simetria perfeita da lente gravitacional oferece uma ferramenta única para a investigação do comportamento da matéria e energia escuras, essenciais para entender a expansão acelerada do universo.
A lente gravitacional permite aos astrônomos observar o universo como ele era há bilhões de anos, ajudando a compreender o papel dessas forças invisíveis no cosmos.
De acordo com o pesquisador Xiaosheng Huang, da Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos, que liderou o estudo, “essa lente oferece uma oportunidade rara para observar o comportamento dessas forças invisíveis no cosmos”.
O uso de tecnologias avançadas, como a supercomputadora Perlmutter, foi essencial para essa descoberta, que poderá revolucionar o estudo sobre as sete galáxias – Foto: Canva/Divulgação/ND
