Integração Universidade: projeto da UFU desenvolve soluções acessíveis com baixo custo para a AACD


Iniciativa une alunos de vários cursos da UFU para criar equipamentos que melhoram a vida de pessoas com mobilidade reduzida em Uberlândia. Alumos do Lamau desenvolvem pesquisa científica e equipamentos para promover acessibilidade
TV Integração/Reprodução
A acessibilidade começa com a escuta, ganha força com o conhecimento e se concretiza na ação. É com essa visão que alunos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estão transformando desafios em soluções reais por meio do Laboratório de Mobilidade Urbana e Automobilística (Lamau).
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A iniciativa foi tema do quadro Integração na Universidade, exibido no MG2 desta terça-feira (27), que apresenta projetos acadêmicos com impacto direto na comunidade.
O Lamau foi criado em 2018 para que os alunos possam ter ideias no presente, levando em consideração pesquisas do passado e propondo soluções para o desenvolvimento do futuro.
Inicialmente, o laboratório partiu dos alunos dos cursos de Engenharia Mecatrônica e Engenharia Elétrica. Porém, com o tempo, passou a acolher também estudantes de outras áreas, como Ciência da Computação e Design, formando equipes multidisciplinares para desenvolver projetos voltados à mobilidade urbana e acessibilidade.
“É uma oportunidade que eles têm para aplicar o conhecimento na solução de problemas que vêm da própria sociedade. Isso faz parte também de uma das funções da universidade, que é apoiar a sociedade nas questões sociais, de inclusão”, comentou o professor do curso de Controle e Automação da UFU, Daniel Pereira de Carvalho.
Pesquisa científica a serviço da inclusão
Desde o ano passado, o Lamau firmou parceria com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de Uberlândia. Os cientistas então passaram a desenvolver e implementar melhorias em equipamentos utilizados pelos pacientes com mobilidade reduzida.
Bianca Silva Siqueira, estudante de Engenharia Biomédica, é uma das participanres do projeto e destacou a importância de aplicar na prática o que aprende no curso, especialmente em projetos voltados à acessibilidade.
Além disso, contou o quanto é especial poder contribuir com a qualidade de vida de pessoas com deficiência.
“Esse projetos auxiliam muitas pessoas que têm dificuldade na mobilidade. Quando a gente consegue entregar uma melhoria de vida para elas, é muito gratificante. É a gente olhar o outro de uma forma diferente. A gente não sabe quem estamos ajudando, mas a gente sabe que estamos ajudando”, disse Bianca.
Entre os projetos mais recentes está a criação de uma plataforma de elevação para piscina, usada nas sessões de fisioterapia aquática da AACD.
A versão tradicional custa em média R$ 5 mil. Já o equipamento desenvolvido pelos alunos do Lamau foi finalizada por apenas R$ 1.200, utilizando PVC, aço e alumínio ACM, materiais resistentes à oxidação e com capacidade de suportar até 800 kg fora da água.
O estudante de Ciências da Computação, Leandro Marques Gontijo Jersé, ressaltou os benefícios técnicos e econômicos do projeto desenvolvido em parceria com a AACD. Segundo ele, a associação apresentou várias opções de projetos e iniciaram a parceria com a plataforma. “Uma forma mais barata, rápida e de melhor resistência”, disse.
Apoie os projetos do Lamau
Para que pesquisas como a da plataforma acessível saiam do papel e impactem vidas, o apoio de parceiros e patrocinadores é essencial.
Na confecção da plataforma, por exemplo, empresas colaboraram com doações de materiais e os próprios estudantes organizaram vaquinhas para viabilizar o projeto. Agora, além da plataforma, a equipe também está desenvolvendo uma cadeira de banho dobrável, reforçando o compromisso com a acessibilidade.
Interessados em apoiar podem entrar em contato pelo Instagram @lamau.tecfeeltufu, e-mail [email protected] ou telefone (62) 98451-5831.
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