
Em transição para a sociedade 5.0, cidades apostam na Internet das Coisas para oferecer serviços mais inclusivos, sustentáveis e voltados ao bem-estar coletivo. Muito se discute sobre o avanço da inteligência artificial. Presente de forma crescente no cotidiano, ela vem sendo incorporada tanto na vida pessoal quanto na gestão urbana. As cidades, em ritmo acelerado, recorrem à tecnologia para implementar e conectar sistemas que otimizam serviços e infraestrutura. Ao mesmo tempo, a população torna-se cada vez mais dependente desses recursos no dia a dia, integrando dispositivos e soluções digitais à sua rotina com naturalidade.
Hoje, vivemos a sociedade 4.0, definida como a era da informação, onde a sociedade teve, e ainda tem, como foco principal a automação e a eficiência, pautado pela tecnologia. Esse excesso de foco na eficiência e automação faz surgir a necessidade de priorizar as pessoas dentro desse sistema, nos levando para o próximo passo: a sociedade 5.0, onde o ser humano é colocado no centro do desenvolvimento tecnológico.
Willington Feitosa, especialista da área e coordenador de cidade inteligente, reforça que só com a IoT – Internet das Coisas – centrada no ser humano é que se constrói cidades mais inteligentes e eficientes: “A IoT centrada no ser humano contribui para a construção de smart cities mais inclusivas, acessíveis e voltadas ao bem-estar coletivo ao permitir a personalização de serviços, o desenho de políticas públicas mais precisas, a promoção da acessibilidade digital e física, o estímulo à participação cidadã e a redução efetiva das desigualdades”.
Esse cenário transforma a IoT em uma oportunidade de transformação social, reduzindo desigualdades e respeitando os limites do planeta. Segundo a IDC – International Data Corporation, uma das principais empresas globais de inteligência de mercado, consultoria e eventos nas áreas de tecnologia da informação, telecomunicações e consumo de tecnologia, o mercado global de IoT deve atingir US$ 1,1 trilhão até 2026.
Ter tecnologia não é suficiente se ela não atender às reais necessidades das pessoas. Por isso, cresce a demanda por inovação nas cidades inteligentes, que passam a adotar soluções com foco em privacidade, ética e interoperabilidade.
Por isso, Feitosa complementa dizendo que: “O conceito de sociedade inteligente transforma a tecnologia em um meio para fortalecer a cidadania, ampliando o acesso à informação, promovendo a participação social ativa e melhorando a qualidade de vida urbana. Nesse modelo people-centered, ou centrado nas pessoas, a tecnologia deixa de ser o fim e passa a servir ao bem comum, possibilitando serviços públicos mais eficientes, espaços urbanos mais inclusivos e decisões baseadas em dados e na escuta da população”.
Quando as cidades adotam a IoT centrada no ser humano, elas não apenas ganham eficiência, mas também se tornam mais inclusivas, transparentes e sustentáveis, colocando a inovação a serviço das pessoas e do bem comum.
A IoT está no foco das conversas para cidades inteligentes, por isso, nos próximos dias 3 e 4 de setembro, São Paulo será palco de reflexões e discussões sobre o tema no IoT Solutions Congress Brasil: a tecnologia a favor dos centros urbanos. O evento vai reunir especialistas e soluções que mostram, na prática, como a tecnologia pode ser aplicada não apenas para melhorar a cidade, mas para protegê-la e salvar vidas.
A IoT é uma das ferramentas que representa o futuro da urbanização nas cidades inteligentes, tornando as políticas públicas mais eficazes e sustentáveis.