Morador teme que rio avance para dentro de casa e cobra socorro da prefeitura em cidade de SC

Morador está com medo de que rio avance sobre imóvel em Criciúma

    Morador teme avanço de rio sobre imóvel em Criciúma – Foto: Divulgação/ND

Nos fundos do imóvel onde vive Alamir Lino, em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, passa o rio Linha Anta. Além do mau cheiro causado pela poluição, o morador agora teme que o rio avance para dentro da casa em períodos de enxurrada, devido à erosão do terreno.

Preocupado com a situação, Lino cobra da Prefeitura de Criciúma a construção de um muro de contenção que lhe ofereça maior proteção nos períodos de chuva. Ele mora há 22 anos no imóvel e relata que há bastante tempo não é realizada a limpeza do rio. E que o muro existente é baixo, sendo facilmente encoberto em épocas de enchentes.

“Nunca mais vieram aqui e nunca mais limparam a beirada do rio. Na metade do ano passado eles estavam limpando, depois pararam. Agora está acontecendo esse problema. Teria que fazer um muro de contenção. Daqui a pouco a água vai levar minha área de serviço, pois o muro já foi levado uma vez. Esse é o meu medo”, relatou em entrevista ao ND Mais.

O morador explica que os vizinhos se anteciparam e construíram muros com pedras de alicerce. No caso dele, uma árvore caiu sobre o muro atual e outra ameaça desabar sobre a casa. “Estive no setor de Meio Ambiente, preenchi uma papelada, mas a árvore caiu e secou. E nunca mais limparam a beirada do rio”, reclama.

Vereador cobra intervenção para prevenir que rio avance sobre casa

A preocupação de Lino virou tema de requerimento na Câmara de Vereadores, proposto por Obadias Benones (PL). O documento, aprovado por unanimidade e endereçado ao Paço Municipal, cobra um plano de desassoreamento do rio Linha Anta, nos trechos próximos às ruas Simoni Brígido e Ariovaldo Machado, no bairro Vila Rica.


Vereador solicita o desassoreamento para evitar que rio avance- Vídeo: Divulgação/ND

Ao ND Mais, o parlamentar relatou que é prerrogativa da prefeitura atuar na contenção do rio, já que os moradores não têm autorização para realizar intervenções na área de preservação.

“O rio é algo público, está livre. E o que a gente tem de informação é que foi dada a permissão para se construir casas ao seu redor e muitas vezes o rio acaba mudando um pouco do seu curso. Então, teoricamente, a prefeitura é responsável”, alegou.

Benones argumenta que a casa está regularizada, mas, mesmo que não estivesse, o risco à segurança exige ação imediata do município. “É responsabilidade da prefeitura ver se o local está oferecendo risco. Neste caso, ou interditar a casa ou ofertar medidas que possam dar segurança para a família que ali está”, argumenta.

Morador está preocupado que rio avance em períodos chuvosos

Morador está preocupado com inundação em períodos chuvosos – Foto: Divulgação/ND

Prazo de resposta é de 30 dias, mas urgência é maior

O requerimento foi aprovado em sessão, na última segunda-feira (19), mas a prefeitura possui prazo de 30 dias para responder aos questionamentos do vereador, que está em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana e acionará a Defesa Civil.

“Estamos construindo essa conversa com as secretarias, pois não dá para esperar 30 dias. Esperamos que, pelo menos, solucionem o problema desse morador”, explica o vereador.

O requerimento solicita um estudo do curso do rio para que se avalie se mais imóveis estão na mesma condição da propriedade de Lino. À reportagem, o diretor da Defesa Civil, Fred Gomes, disse que o órgão não foi notificado e que não há ocorrência registrada.

O ND Mais não conseguiu retorno do secretário de Infraestrutura de Criciúma. O espaço segue aberto para manifestação.

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