
O pai que sequestrou a filha de 8 anos em Blumenau pode ser solto esta semana, após ficar preso preventivamente no Rio de Janeiro por quase dois meses.
O homem, de 40 anos, se entregou para a polícia em 20 de março, quase duas semanas após ser visto pela última vez com filha, no Morro do Baú, em Ilhota, Vale do Itajaí.
De acordo com o advogado de defesa Paulo Ascenção, a expectativa é que o homem seja liberado do presídio entre esta terça (20) e quarta-feira (21).
O advogado de defesa esteve em Santa Catarina na última semana, para solicitar a liberdade do cliente ao TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) por habeas corpus.
Relembre o caso do pai que sequestrou a filha em Blumenau

Pai que sequestrou a filha em Blumenau pode ser solto após dois meses preso no RJ – Foto: Arquivo pessoal/ND
O homem buscou a filha no dia 28 de fevereiro e deveria entregá-la à mãe no dia 5 de março. Foi combinado que ele deixaria a criança na escola. Quando a mãe foi buscá-la, não a encontrou. Ela tentou contato com ele e, sem retorno, registrou um boletim de ocorrência.
O pai teve a guarda da criança por três anos, mas acabou perdendo em 2023. Desde então, ele tinha o direito a ver a filha a cada 15 dias, como determinado pelo Poder Judiciário.
A guarda foi transferida para a mãe em um processo em que a justiça entendeu que ele teria manipulado a filha para ficar com ele em detrimento da mãe, o que é entendido como alienação parental. O pai chegou a entrar com recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, mas não teve sucesso.

Cão farejador auxiliou nas buscas do caso em que o pai sequestrou a filha em Blumenau – Foto: Larissa da Silva/NDTV Record
O último local onde pai e filha tinham sido vistos, antes do caso chegar à polícia, tinha sido no dia 1º de março, quando foram deixados por um motorista de aplicativo no Morro do Baú, em Ilhota, com malas e uma caixa de som.
Segundo a polícia, ele planejou a fuga com a criança durante três meses. Para isso, vendeu alguns bens, como instrumentos musicais, e tomou um empréstimo bancário, arrecadando cerca de R$ 60 mil.
Os dois foram localizados no Rio de Janeiro após denúncias de moradores da Rocinha, comunidade onde a menina era escondida. A menina voltou para casa, em Blumenau, no início de abril. Ela continua morando com a mãe, voltou a frequentar a escola e está recebendo acompanhamento psicológico.