Uma alce fêmea com pelagem branca e marrom, condição rara que acontece em 1 a cada 100 mil alces, foi registrada em Estes Park, Colorado (EUA).
O animal, que chama atenção pela coloração incomum, possui uma mutação genética recessiva conhecida como piebaldismo.
As imagens recentes, divulgadas pela agência, mostram a fêmea junto a outros alces de pelagem tradicional, destacando-se pelo corpo marrom com manchas brancas, enquanto os outros exemplares da espécie possuem pelagem majoritariamente marrom.
Traço genético raro
Apesar da semelhança aparente, piebaldismo não é albinismo e nem vitiligo. Os animais mantêm partes do corpo com pigmentação normal, como olhos escuros e áreas marrons na pelagem.
Segundo a Utah Division of Wildlife Resources, a condição só aparece quando ambos os pais carregam o gene recessivo. “É uma combinação extremamente incomum”, explicou a instituição em publicação de 2021. No caso da alce do Colorado, o rosto é predominantemente branco, com tons claros no corpo.
A CPW reforçou, em suas redes sociais, a importância de manter distância do animal caso ele seja avistado: “Se você tiver a sorte de vê-la, lembre-se de respeitar seu espaço!”.
Outros registros da condição
Um sobrevoo de monitoramento realizado pela Colorado Parks and Wildlife em dezembro de 2023, técnica usada pelo instituto para avaliar a saúde das manadas, identificou a condição em outro exemplar da espécie.
Biólogos sobrevoam áreas de preservação em helicópteros, analisando idade, sexo e densidade populacional.
“Os voos são essenciais para entender como as condições do inverno afetaram as taxas de nascimento e sobrevivência dos filhotes”, disse o biólogo Brad Banulis em comunicado da agência.
Apesar do barulho, o método causa perturbação mínima aos animais, segundo a CPW. Os dados coletados orientam decisões de manejo ambiental.
População de alces local é a maior do mundo
O estado abriga cerca de 280 mil alces-da-montanha, a maior concentração global da espécie.
O número contrasta com o início do século XX, quando a caça excessiva reduziu drasticamente a população.
A alce com a condição genética piebaldismo, porém, é uma exceção. Considerando a estatística de 1 em 100 mil, os exemplares são uns dos poucos registrados.
Em 2016, a Pennsylvania Game Commission, uma agência de conservação, documentou o primeiro alce com piebaldismo da história local, com rosto multicolorido.
A variação nas manchas, segundo especialistas, depende da expressão genética de cada indivíduo.
Origem do termo “piebaldismo”
A palavra piebaldismo é derivada do inglês “piebaldism” e vem da combinação de “pie”, referência às pegas, aves pretas e brancas, e “bald”, termo antigo para “mancha branca”.
