A Câmara de Deputados que incha enquanto o brasileiro rala para pagar o básico

Câmara aprovou projeto que aumenta número de deputados - Foto: Tatiana Azevedo/ND Mais

Câmara aprovou projeto que aumenta número de deputados – Foto: Tatiana Azevedo/ND Mais

Em plena terça-feira, o plenário aprovou o aumento de 513 para 531 cadeiras. Enquanto o brasileiro rala para pagar o básico, do arroz ao aluguel, a Câmara dos Deputados decidiu que o problema do país, na verdade, é… falta de deputado. É isso mesmo.

Dezoito novos assentos, 18 novas estruturas, 18 novas contas para o pagador de imposto bancar. A desculpa? Crescimento populacional. Como se esse crescimento não pudesse ser resolvido com a redistribuição das vagas já existentes, como propunha o projeto do deputado catarinense Rafael Pezenti (MDB).

A proposta dele era simples, justa e constitucional: realocar as cadeiras com base no Censo de 2022. Santa Catarina, por exemplo, teria quatro novos representantes — sem aumentar em um centavo o custo da máquina. Mas claro, escolheram o caminho mais fácil… para eles.

O que se viu foi um tapa na cara da sociedade, um deboche institucional. Em vez de discutir saúde, educação ou desoneração da folha, nossos representantes preferiram discutir o tamanho da própria bancada. Afinal, cabem mais deputados, mas não cabem mais médicos, nem mais salas de aula.

Pior: o aumento vem em meio a um país com déficit nas contas, juros altos e serviços públicos sucateados. Mas tudo bem, né? Porque se faltar verba, sempre dá para cortar do SUS ou da merenda escolar. O importante é que a Câmara tenha mais gente para bater palmas para si mesmo.

Felizmente, a bancada catarinense na Câmara deu um bom exemplo ao votar quase em bloco contra essa aberração, defendendo mais representação sem inflar o Congresso.

A decisão da Câmara, no entanto, ficará registrada como mais um capítulo da velha política: aquela que se protege, se reproduz e se multiplica — mesmo quando o Brasil real está estagnado.

Presidência do PT

O deputado estadual Fabiano da Luz oficializou sua candidatura à presidência do PT de Santa Catarina. Líder da bancada na Alesc, Luz conta com o apoio da corrente Construindo um Novo Brasil, ligada ao presidente Lula e ao presidente do Sebrae, o catarinense Décio Lima.

O deputado defende um PT que dialogue com todos os segmentos sociais sem abandonar seus princípios. Ele ganhou projeção por vídeos bem-humorados em defesa do governo federal e críticas ao estadual. A eleição será em julho, e o prazo para inscrições vai até amanhã.

Ainda é cedo

O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) visitou diversas cidades do Oeste catarinense, como Xaxim, Xanxerê e São Domingos, onde se reuniu com lideranças políticas e empresariais. Questionado sobre uma possível candidatura à majoritária em 2026, Lunelli afirmou que ainda é cedo para definições.

No entanto, destacou que vê como natural o apoio do MDB à reeleição de Jorginho Mello (PL). “O MDB tem contribuído com o governo e deve seguir unido nesse caminho”, afirmou. O parlamentar é cotado como possível vice na chapa de Jorginho.

Campanha educativa

Para ampliar o acesso à informação, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina lançou uma campanha em formato de série com linguagem simples e foco em serviços pouco conhecidos do Judiciário.

Os vídeos, protagonizados por duas amigas em conversas cotidianas, abordam temas como violência doméstica, precatórios, jurados voluntários, acolhimento familiar, conciliação e destinação do Imposto de Renda.

A campanha foi apresentada pelo presidente do TJSC, desembargador Francisco Oliveira Neto, aos dirigentes da Acaert (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão). O presidente executivo do Grupo ND, Marcello Corrêa Petrelli, participou do evento.

A produção é do Núcleo de Comunicação Institucional do TJSC em parceria com a agência OneWG. Cada episódio orienta o cidadão de forma prática e acessível.

História da PM

Em comemoração aos 190 anos da Polícia Militar de Santa Catarina, foi lançado o livro “Polícia Militar de Santa Catarina – 190 anos”, de autoria do major Fernando Jahn Bessa. A obra resgata a trajetória da corporação e destaca seu papel na história de Santa Catarina e do Brasil, reforçando a importância da instituição na construção da ordem e da segurança pública.

Ao final do evento, a Acors (Associação Capitão Osmar Romão da Silva), patrocinadora da obra, oficializou a doação dos exemplares para integrar o acervo histórico da própria corporação.

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