Saiba o que fazer em casos de ataque de abelhas; RS iguala número de 2024


Orientação é ir em busca de um lugar fechado, manter a calma e evitar movimentos bruscos. RS já registrou mesmo número de ataques de enxames de abelhas que em 2024
Um zumbido repentino, uma agitação no ar e, em questão de segundos, o pânico toma conta. O que era um passeio tranquilo pode virar uma cena de desespero. Ataques de abelhas são mais comuns do que se imagina e saber como agir nesse momento pode ser crucial para evitar que o susto vire um perigo real.
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Em apenas quatro meses, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul já recebeu 654 chamados para remoção de enxames de abelhas no Rio Grande do Sul. O número representa cerca de 65% do total registrado em todo o ano passado. Além disso, o estado já contabilizou cinco ataques de abelhas este ano, igualando o número de ataques de todo 2024.
Chamados para remoção de enxames e ataques no RS
Como reagir a um ataque de abelhas
Diante de um enxame, é preciso saber como agir para minimizar os riscos. Emerson Ribeiro, chefe da Divisão de Monitoramento Operacional do CBM/RS, alerta que não se deve tentar mexer com o enxame.
“Colocar fogo, colocar fumaça pra espantar o enxame, nada disso é aconselhável. A indicação é que se isole aquela área, se saia com calma daquele local, sem fazer barulho, sem fazer grande alarde ali, e se ligue pro 193 pra solicitar maiores informações e pra ver como vai proceder a partir dali”, explica Ribeiro.
193 é o telefone de emergência para o Corpo de Bombeiros.
A orientação é ir em busca de um lugar fechado, visto que as abelhas podem ir atrás do cheio por quilômetros.
Charles Fernando dos Santos, coordenador do Laboratório de Abelhas e Polinização da UFRGS, reforça a importância de manter a calma e evitar movimentos bruscos.
“O ideal é que a pessoa se afaste, não faça muitos movimentos bruscos, porque as abelhas ficam ainda mais irritadas com isso, e se afaste o máximo possível e se proteja, se abrigue, protegendo principalmente o rosto e o pescoço”, diz Santos.
Abelha da espécie Melipona quadrifasciata anthidioides
Cristiano Menezes/InfoA.B.E.L.H.A.
Por que abelhas ficam irritadas
O Laboratório de Abelhas e Polinização da Faculdade de Agronomia da UFRGS está na linha de frente dos estudos sobre a agressividade das abelhas. Os pesquisadores realizam testes específicos para observar como diferentes espécies reagem a estímulos.
Usando roupas especiais, eles batem nas paredes das caixas para irritar as abelhas. O resultado é claro: as abelhas, que estavam tranquilas em seu habitat, tornam-se agressivas quando perturbadas pelo barulho.
Charles Fernando dos Santos, coordenador do laboratório, explica que o ataque das abelhas é uma resposta ao sentimento de ameaça.
“[A abelha] deixa o ferrão preso na pessoa ou no animal e isso acaba liberando o feromônio de alarme. Essa substância extremamente volátil acaba atraindo mais abelhas para o local”, explica Santos.
Cavalo morre e mais de 30 pessoas ficam feridas no RS
Ataque de abelhas mata cavalo e deixa mais de 30 pessoas feridas em cavalgada no RS
Um ataque de abelhas matou um cavalo e deixou mais de 30 pessoas feridas em Ivoti, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no domingo (27).
O incidente aconteceu no Núcleo de Casas Enxaimel durante um tradicional evento da região, a 12ª Cavalgada da Amizade. Cerca de 250 pessoas estavam reunidas, incluindo de 150 cavaleiros, segundo a organização do evento. Veja momento do ataque no vídeo acima.
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