
Após a morte do Papa Francisco, uma dúvida surgiu e que se arrastará pelas próximas semanas: quem será o novo Papa e qual nome ele escolherá?
O nome de Francisco antes do papado era Jorge Mario Bergoglio. A escolha do nome oficial para o cargo foi em homenagem a São Francisco de Assis, um jesuíta que abdicou de sua vida na fartura para servir a Deus.
O nome, de certa maneira, casa com as escolhas pessoais do pontífice, que abriu mão da vida luxuosa que o cargo lhe permitia para usar símbolos mais simples, como o anel que, em vez de ouro, era feita de metais prateados.
O processo de escolha do novo Papa
Quando um Papa falece, um conclave de cardeais é convocado para escolher seu sucessor. Durante esse processo, um dos momentos mais simbólicos é a escolha do nome papal, uma tradição que remonta a séculos.
Essa escolha, muitas vezes, reflete as intenções do novo Papa e sua visão para a Igreja, sendo uma forma de sinalizar aos fiéis à direção que ele pretende seguir.
Tradicionalmente, os Papas escolhem nomes de figuras históricas ou anteriores pontífices. Por exemplo, o Papa Leão XIII, conhecido por sua atuação em questões sociais no final do século XIX, e o Papa João Paulo II, que uniu reformas com a tradição da Igreja.
A escolha do nome também pode ser uma mensagem ideológica, como no caso de Papa Francisco, que optou pelo nome em homenagem a São Francisco de Assis, simbolizando sua dedicação aos pobres e à simplicidade.
Nomes mais cotados para o novo Papa
Logo após a morte de Francisco, especulações começaram a circular sobre os nomes mais cotados para a sucessão. Entre os favoritos, estão João, Gregório, e Pio.
O nome João, que já foi adotado por 23 papas, é frequentemente associado à paz e ao diálogo. Gregório, com 16 papas que o usaram, também é visto como uma escolha tradicional, ligada à estabilidade e liderança firme.
Já o nome Pio, embora associado a Papas que marcaram a história da Igreja, como Pio X e Pio XII, é um nome que gera debate, devido ao seu vínculo com posturas mais conservadoras, especialmente em relação a eventos históricos como o Holocausto.
Além disso, especula-se que nomes como Leão e Clemente possam surgir, refletindo a busca por uma liderança mais voltada para os ensinamentos tradicionais da Igreja. Leão XIII, por exemplo, é lembrado por suas posições em favor da justiça social e direitos dos trabalhadores, o que poderia atrair apoio de fiéis que buscam um pontífice comprometido com essas causas. Veja abaixo os nomes mais usados:
A linha sucessória e a história do papado
O papado é uma das instituições mais antigas do mundo, com uma linha sucessória que remonta ao século II. Ao longo da história, a Igreja teve 266 papas, com nomes como João Paulo II e Pio XI sendo alguns dos mais longevos.
Durante séculos, os Papas italianos dominaram a sucessão, mas, nas últimas décadas, a Igreja tem se aberto para Papas de outras nacionalidades, como o polonês João Paulo II e o argentino Francisco.
Na história, tivemos:
- 211 Papas italianos;
- 15 franceses;
- 14 gregos;
- 8 alemães;
- 6 sírios;
- 3 africanos;
- 3 espanhóis;
- 2 iugoslavos;
- 1 português;
- 1 palestino;
- 1 inglês;
- 1 holandês;
- 1 polonês e;
- 1 argentino.