
Intenção é consolidar novas micro e pequenas empresas de base tecnológica em estágio inicial, ou empreendedores que tenham uma ideia e queiram se transformar em empresas. Diretoria de Inovação e Empreendedorismo (Dine) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Reprodução/TV Globo
Empreendedores e micro e pequenas empresas de base tecnológica têm a oportunidade de consolidar seus produtos e projetos e alavancar suas ideias a partir do programa Pró Startup Operação, da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Lançada em 2024, a iniciativa vai selecionar mais 30 startups para um processo de “amadurecimento”, com investimentos de até R$ 80 mil.
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O edital, que está disponível na internet, tem R$ 1,054 bilhão disponíveis para fomentar os projetos. As inscrições começam na segunda-feira (28) e podem ser feitas até o dia 2 de junho. O cadastro demora 48 horas para ser validado. Segundo o edital, o resultado final deve ser publicado em 15 de julho, e a assinatura dos contratos acontece em 22 de julho.
Este é o primeiro edital do programa desde 2021 (veja mais abaixo). A intenção é consolidar novas micro e pequenas empresas de base tecnológica em estágio inicial, ou empreendedores que tenham uma ideia e queiram se transformar em empresas.
“Essas empresas nascentes ou empreendedores devem ver o edital com antecedência e entrar em contato com uma das incubadoras da Rede de Ecossistemas de Pernambuco (Repe). Elas podem entrar com um CNPJ, ou com um CPF, e estar em estágio de incubação ou de pré-incubação”, explicou ao g1 o diretor de Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Tecnologia (Secti) de Pernambuco, César Andrade.
Andrade complementou que a Secti optou por não limitar os setores econômicos priorizados pelo edital, para alcançar projetos em diversos setores produtivos, mesmo os que ainda estão em fase de concepção.
“Existem alguns casos de projetos mais na fase de ideação, mas isso é super-rápido de resolver. A Rede de Incubadoras de Pernambuco está apta a receber as demandas e tem um fluxo contínuo de editais e programas. A intenção é dar condições para que as ideias possam chegar à fase final, que chamamos de sprint”, complementou Andrade, numa referência à metodologia de gerenciamento em que todas as etapas de um projeto são executadas num período rápido e concentrado de esforços, com resultados que podem ser medidos.
O programa Pró-Startup Operação é realizado em três etapas, cada uma com dois meses e remunerações diferenciadas para quem avançar até o final:
Prototipagem – com os primeiros 30 projetos selecionados para desenvolver protótipo e verificar a viabilidade da ideia: R$ 15 mil;
Evolução – execução do mínimo produto viável (MPV) para entrar no mercado, com 15 projetos que avançarem para essa fase: R$ 25 mil;
Consolidação – seis empresas finalistas para fazer a expansão do produto ou da ideia para alcançar o público final (clientes): R$ 50 mil.
A proposta é que, durante o período de seis meses, os empreendedores participem de imersões, tenham contatos com especialistas e atuem no desenvolvimento das ideias para gerar resultados competitivos, com captação dos primeiros clientes, ou possam buscar investidores (capital anjo).
Projetos de destaque
Entre as startups que participaram do processo de aceleração na última edição do programa Pró Startup Operação, em 2021, estão empresas com soluções ambientais e para o setor agrícola, como:
Pluvi – Serviços Ambientais Inteligentes, que nasceu na Incubadora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e desenvolveu uma ferramenta para tornar a água da chuva potável sem o uso de produtos químicos e utilizando painéis solares e monitoramento por sensores de baixo custo;
Semine, uma ferramenta inteligente que otimiza o uso da água em sistemas de irrigação;
Arqueatec, cujo produto principal é um antichamas para prevenção e combate a incêndios.
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Projeto da UFPE capta água da chuva e transforma em água potável no Recife (arquivo)
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