MP instaura procedimento para acompanhar investigações de acidente que terminou com dois mortos no Acre


Ministério Público Estadual (MP-AC) divulgou nesta quarta-feira (23) que vai acompanhar as investigações das causas do acidente na Via Verde que terminou com Macio Pinheiro da Silva e Carpegiane Freitas Lopes, funcionários da Empresa VIP, mortos. Caminhonete atingiu três motocicletas durante chuva na Via Verde, em Rio Branco
Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre
O Ministério Público Estadual (MP-AC) divulgou, nesta quarta-feira (23), que instaurou um procedimento para acompanhar as investigações do acidente na Via Verde, em Rio Branco, que terminou com dois mortos e dois feridos. A batida entre uma caminhonete e três motocicletas ocorreu na última quinta (17) durante uma forte chuva.
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As causas do acidente são investigadas pela 1ª Delegacia Regional da Polícia Civil. O motorista da caminhonete, Talysson Duarte, de 28 anos, foi liberado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC) no local do acidente para se apresentar em uma delegacia posteriormente. Contudo, até esta quarta ele não compareceu em nenhuma unidade e nem foi chamado para depor.
“A instauração do procedimento pelo MPAC tem como objetivo acompanhar os desdobramentos da investigação que já está sendo conduzida pela Polícia Civil e zelar pelo cumprimento da lei durante todo o processo”, disse o MP-AC na divulgação.
Segundo a defesa de Talysson, o acidente ocorreu quando o carro dele derrapou na pista durante a chuva. Emerson Costa, advogado do condutor, afirmou que o cliente está à disposição das autoridades para esclarecer as causas da batida.
“Reforçamos ainda que, no momento do acidente, o acusado permaneceu no local, realizou o teste do bafômetro, que atestou resultado negativo para álcool, e em nenhum momento tentou se evadir ou omitir informações. O local do acidente, inclusive, é conhecido por histórico de aquaplanagem, o que reforça a necessidade de apuração técnica cuidadosa, sem pré-julgamentos”, argumentou o advogado.
Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos, morreu no local. No domingo (20) Carpegiane Freitas Lopes também não resistiu e morreu na UTI do pronto-socorro.
Os dois homens eram funcionários da Empresa de Vigilância VIP e voltavam de um serviço no Segundo Distrito, juntamente com o colega Fábio Farias de Lima.
Fábio está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com diversas fraturas. A quarta é Raiane Xavier, que já recebeu alta e está em casa se recuperando.
Carpegiane Lopes (esq.) e Macio da Silva (dir.), funcionários da Empresa VIP, morreram na batida na Via Verde
Reprodução
Abalado
Ainda segundo o advogado, Talysson está bastante abalado com o acidente e aguarda a finalização do inquérito policial para procurar os familiares das vítimas.
Também nesta terça, Emerson Costa ressaltou que um servidor da Polícia Civil entrou em contato solicitando o endereço e telefone do motorista.
“Fomos nas delegacias, colocamos ele à disposição e os delegados disseram que não era caso de plantão. Aconteceu aquaplanagem do veículo e por isso perdeu o controle. Está bastante abalado, mas confiante e a disposição das autoridades”, concluiu.
Talysson Duarte ainda não foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o acidente
Arquivo pessoal
Motorista foi liberado
No dia do acidente, a PRF foi chamada, isolou a área e acionou a perícia e o Instituto Médico Legal (IML).
À Rede Amazônica Acre, a equipe policial que estava na ocorrência informou que retirou o motorista do local com medo de represálias, mas que ele seria apresentado na Delegacia de Flagrantes (Defla) para depoimento e demais procedimentos.
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Ainda no local do acidente, a PRF disse que pegou os dados do motorista e o depoimento, porém, por conta da comoção e do baixo efetivo, ‘permitiu que Talysson deixasse o local’. Com isso, o motorista não foi apresentado na delegacia no dia do acidente, sendo liberado.
Após o acidente, a PRF alegou que o motorista suspeito de atingi-lo e outros dois motociclistas foi liberado por possível risco à sua integridade por conta da revolta no local.
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Conforme a PRF, o motorista fez o teste do bafômetro, apresentou a documentação necessária e foi liberado por medo de represálias de conhecidos das vítimas.
A corporação contestou ainda a alegação de que o suspeito foi protegido por supostamente ser integrante de forças de segurança.
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