O homem apontado como responsável pelo ataque à maratonista ugandesa, Rebecca Cheptegei, morreu em decorrência das queimaduras que sofreu ao jogar gasolina e atear fogo na atleta.
As informações foram confirmadas pela AFP junto ao hospital queniano onde ele estava internado nesta terça-feira (10).
Dickson Ndiema Marangach, que foi apresentado pela polícia do Quênia como companheiro da atleta, sofreu queimaduras em 30% do corpo durante o ataque mortal contra Cheptegei. O caso é emblemático no quesito à violência de gênero.
“É verdade que perdemos Dickson Ndiema ontem à noite, por volta das 20H00” (segunda-feira, 15h de Brasília), disse um funcionário do departamento de Comunicação do Moi Teaching and Referral Hospital, na cidade de Eldoret, à AFP.
Rebecca Cheptegei foi morta dias após participação nas Olimpíadas
Cheptegei, corredora de longas distâncias de 33 anos, estreou em Olimpíadas nos Jogos de Paris 2024. Ela teve o corpo encharcado por gasolina e incendiado pelo companheiro, no dia 1º de setembro.
A ugandesa sofreu queimaduras em 80% do corpo e morreu quatro dias depois. Segundo o jornal The Standards, as filhas da atleta, de 9 e 11 anos, estavam presentes no momento do ataque.
O assassinato provocou indignação mundial. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, condenou o assassinato da atleta e lembrou que “a violência de gênero é uma das violações mais frequentes dos direitos humanos no mundo e deve ser tratada como tal”.
O funeral da maratonista acontecerá em 14 de setembro em seu país de nascimento. Paris anunciou que dará o nome da atleta a uma arena esportiva.
*Com informações da AFP.