Ovos de Páscoa para pets são opção criativa para celebrar a data e criar laços afetivos entre tutores e animais


Produto é um petisco saudável e, ao mesmo tempo, divertido, para promover interações positivas entre tutores e animais. Pets podem participar das ‘comilanças’ da Páscoa com o ovo de Páscoa feitos para animais
Upper Group/Divulgação
🐾 Com o passar do tempo, os pets acabaram se envolvendo cada vez mais no dia a dia de seus tutores, se tornando verdadeiros protagonistas em seus lares. Hoje em dia, é muito comum ver animais em restaurantes, shoppings e até mesmo em aulas de ioga.
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Pensando nesta integração de pets na rotina humana, os empreendimentos voltados ao mundo animal também têm adotado novos serviços e produtos, que reforçam o laço afetivo entre animais e tutores. Um deles é o ovo de Páscoa para pets.
Na região de Sorocaba, interior de São Paulo, está a sede de uma fabricante deste produto, que é disponibilizado apenas durante o período da Páscoa. Para entender como os ovos são feitos, vendidos e consumidos pelos pets, o g1 conversou com especialistas em nutrição animal, vendas e até com tutores que compraram esta sobremesa para seus animais, que na verdade, é salgada.
“A ideia do ovo de Páscoa surgiu porque percebemos um desejo dos apaixonados por cães por humanizar ainda mais as relações com seus pets. E a Páscoa é uma oportunidade de atendermos parte desse desejo.O produto é vendido somente no período da sazonalidade, este ano, disponibilizamos os produtos para venda a partir de fevereiro”, contou Lisiane Rocha, líder de varejo da marca.
Ovo de Páscoa para pets é comercializado por todo o Brasil, segundo líder de varejo de Sorocaba (SP)
Upper Group/Divulgação
Segundo Lisiane, por se tratar de um produto diferenciado e com embalagem atrativa, o consumo pode gerar uma aproximação e fidelização dos clientes com a marca.
“Percebemos ano a ano o aumento da procura por esse tipo de produto, que ajuda a criar maior conexão e memória afetiva entre tutores e pets. Os produtos são distribuídos em âmbito nacional e estão nas principais lojas de produtos para pets e também em sites online que tem abrangência em todos os estados”, destacou a profissinal.
Em 2025, a produção do ovo de Páscoa pet cresceu em 60% em comparação com a do ano passado. Conforme Lisiane, os consumidores do estado de São Paulo são os campeões, devido à maior concentração de pontos de venda e de pessoas interessadas no petisco.
“São ‘snacks’ sabor carne no formato de ossinhos. A definição do sabor foi feita porque carne é o sabor mais vendido no segmento de petiscos e as receitas são elaboradas por uma equipe especializada em alimentação animal. (…) Esse produto foi carinhosamente desenvolvido para proporcionar um momento especial em uma data comemorativa”, finalizou Lisiane.
Ovo de Páscoa para pets pode ser ferramenta para aproximar tutores de seus animais, segundo líder de vendas de Sorocaba (SP)
Upper Group/Divulgação
🐶 Aprovado por pets e tutores
A novidade tem chamado a atenção dos tutores, que apostam na integração dos companheiros de quatro patas nas datas comemorativas. Briony Paixão, de 27 anos, é um exemplo disso. Ela é tutora do Marrone, um border collie de um ano e dois meses, e conta que sempre está de olho nas novidades do mundo pet para preparar momentos especiais para o cãozinho, que é considerado um filho.
Segundo Briony, Marrone já teve bolo de aniversário pet, petiscos natalinos sabor panetone e, na Páscoa, não poderia ser diferente. Ela comenta que o ovo de Páscoa pet lhe chamou atenção pela disposição no mercado, pendurado como os ovos de páscoa para humanos e que fez questão de comprar para o animalzinho. Veja a reação de Marrone ao abrir o presente abaixo.
Ovo de Páscoa Pet: novidade celebra a data entre tutores e animais em Sorocaba
A aposta no produto foi um sucesso com o border collie. A tutora relembra que o momento de entrega foi de grande euforia e animação para o pet, com ele mesmo abrindo o ovo. Mas claro, sem deixá-lo comer todo o mimo.
Briony explica que esse é um cuidado que sempre toma na alimentação do cãozinho. O border collie passa muito tempo sozinho devido à rotina da tutora e, como cuidado, é alimentado apenas nos momentos devidos. Por isso, essas guloseimas entram apenas em momentos pontuais e em forma de recompensa, como após passeios ou no adestramento do Marrone.
Ovo de Páscoa pet foi aprovado por Marrone, cachorro de Briony Paixão
Briony Paixão/Arquivo pessoal
“Como ele é um cachorro muito enérgico, eu preciso adestrar ele todo dia. E o petisquinho me ajuda nisso também […] Como ele não come o dia inteiro, não fica disponível o dia inteiro pra ele e, por isso, tem aquilo como uma recompensa. Então, ele consegue se comportar mais, obedecer mais.”
E completa que, o formato do ovo de páscoa pet facilitou também esses momentos de interação com o cãozinho:
“Eu adorei o ovinho de páscoa, porque são petisquinhos já em formatinho próprio pra dar pra ele. Eu não preciso ficar quebrando o petisco, dando pra ele a quantidade da minha cabeça.”
Ovo de Páscoa para pets é opção ideal para integrar os animais às tradições humanas da Páscoa
Briony Paixão/Arquivo pessoal
A tutora conta que, nas festas em família, o cãozinho também sempre está presente e junto dela e, como membro da casa, o domingo de páscoa também será um momento especial para o Marrone, já que está nos preparativos para a data:
“Esse ano ele fez até um ensaiozinho: colocou uma orelhinha de coelho bonitinha, pra ficar bem em clima de Páscoa. Mas vai ter o ovinho de Páscoa dele mesmo. Todo mundo vai ganhar ovo. Ele já ganhou um e tem um fechado em casa pra dar pra ele de novo no domingo de Páscoa.”
Ensaio de Páscoa do Marrone, cachorro de Briony Paixão
Briony Paixão/Arquivo pessoal
Atenção à alimentação
Festividades como a Páscoa são excelentes momentos de integração dos animais e seus tutores, mas muitos não sabem que o ato aparentemente inofensivo de compartilhar o que estão consumindo com os pets, como chocolates e outros tipos de doces, pode gerar sérios problemas de saúde aos animais.
Especialistas em nutrição pet alertam sobre os riscos de se oferecer aos pets alimentos industrializados. Mariana Grando, nutróloga de cães e gatos, explica que o alto nível de conservantes e palatabilizantes contidos nesses alimentos tornam muitos deles tóxicos para pets, já que são pensados para parâmetros de consumo de um humano adulto, que difere do recomendado aos animais.
A nutróloga explica que, no caso do chocolate, o alimento contém teobromina, um subproduto do cacau, que é altamente tóxico aos pets.
Mariana Grando, nutróloga de cães e gatos
Mariana Grando/Arquivo pessoal
Ela reforça que mesmo o chocolate branco, que não leva o cacau na composição, também é prejudicial pelo alto nível de gordura hidrogenada e de outros compostos, e alerta que a intoxicação alimentar pode trazer sérios problemas de saúde, inclusive podendo levar a óbito, dependendo da quantidade ingerida e do porte do animal.
“Inicia na parte gastrointestinal, então eles podem ter vômitos, podem ter diarreia, podem ter náuseas. Mas alguns podem ser um pouco mais severos, a ponto de ter uma convulsão, um coma, e levar até ao óbito. […] E é muito rápido a progressão da doença. O paciente entra com uma gastrite e de repente evolui para uma convulsão”, afirma a profissional.
Pensado para os pets
Mariana esclarece que petiscos comemorativos, como os ovos de páscoa pet, apesar da aparência semelhante ao chocolate, sua composição não leva a teobromina, apenas compostos alimentares indicados aos animais, como proteína, gordura e carboidratos, e dentro da necessidade calórica diária para cada porte.
A nutróloga alerta, porém, que apesar de os tutores não precisarem se preocupar com a intoxicação alimentar dos pets com esses produtos, é necessário estar atento à quantidade consumida, que deve ser de até 10% das quilocalorias que o animal pode consumir por dia.
“Por exemplo, se o paciente pode comer 1.000 quilocalorias por dia, apenas 100 quilocalorias são destinadas ao petisco. Então é muito pouco. […] O petisco é um agrado, ele deve ter o horário certo de ser dado e a quantidade certa também.”
Outro ponto de atenção é na forma de processamento desses agrados que, de acordo com a nutróloga, devem ser desidratados, e ressalta que é importante checar a rotulagem para verificar se não há nenhum tipo de produto tóxico na composição.
“Quando tem muito conservante, muito palatabilizante, a gente já pode desconfiar que tem muita coisa ali”, completa.
Veterinária Mariana Grando fala sobre nutrição de animais
Mariana Grando/Arquivo pessoal
Mesmo os alimentos naturais e feitos em casa precisam passar por alguns cuidados para serem inseridos na alimentação animal. De acordo com Mariana, os temperos utilizados no preparo da alimentação humana, como cebola, cebolinha e alho em grande quantidade, também podem causar intoxicação alimentar nos pets, ocasionando os mesmos problemas de saúde causados pelos produtos industrializados.
“Quase todas (as frutas) são liberadas para pets saudáveis. Mas a uva, a carambola e a semente macadâmia são extremamente tóxicas.”, alerta a nutróloga e orienta que caso o tutor queira realizar a introdução alimentar de produtos naturais, o correto é preparar o alimento dos pets, como legumes e proteínas, de forma separada, e utilizando apenas óleo vegetal e uma pitada de sal.
Segundo a nutróloga, todos esses cuidados contribuem para uma maior qualidade de vida, disposição e desenvolvimento saudável dos animais. Assim, tutores e pets podem aproveitar ao máximo datas especiais e sem preocupações.
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