‘Delisusão amorosa’ motivou adolescente a planejar ataque contra ex-colega de escola em Cuiabá, diz delegado


Além do plano de ataque, o adolescente é investigado por disseminar discurso de ódio contra mulheres na internet. Os pais alegaram que não sabiam sobre o teor das publicações feitas pelo garoto. Delegado explica operação que mira adolescente por ódio contra mulheres na internet
‘Nenhuma mulher presta e, se pudesse, mataria todas’, essa foi uma das frases publicadas nas redes sociais pelo adolescente de 15 anos apreendido no Bairro Jardim Petrópolis, em Cuiabá, nesta sexta-feira (11), segundo a Polícia Civil. Ele é investigado por disseminar discurso de ódio contra mulheres na internet e planejar um suposto atentado contra uma ex-colega de escola.
Em entrevista ao g1, o delegado responsável pelo caso, Gustavo Godoy, disse que as investigações iniciais indicam uma possível desilusão amorosa como motivação para o atentado, no entanto, os pais do adolescente e da vítima ainda serão ouvidos.
Os investigadores descobriram que o jovem tinha a intenção de usar as armas registradas legalmente no nome do pai para o ataque, mas foi impedido após intervenção da polícia. As armas foram apreendidas.
Em conversa com o delegado, os pais do adolescente relataram que ele apresentava um comportamento agressivo e que fazia acompanhamento psicológico e psiquiátrico devido ao diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os familiares também alegaram que não sabiam sobre o teor das publicações feitas pelo garoto. O computador e celular utilizados por ele também foram apreendidos e serão analisados.
Operação Adolescência cumpre mandado em Cuiabá
Polícia Civil de Mato Grosso
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Operação adolescência
A investigação teve início depois de um alerta emitido pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A análise técnica inicial apontou a gravidade do conteúdo divulgado pelo adolescente nas redes sociais e ele começou a ser monitorado.
Após isso, o delegado representou pelo mandado de busca e apreensão domiciliar no endereço do menor, além da suspensão imediata dos registros das armas junto à Polícia Federal.
Investigação teve início depois de um alerta emitido pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab)
Polícia Civil de Mato Grosso
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