PC realiza operação contra lavagem de dinheiro do CV e PCC

Operação conta com agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro e São Paulopolícia civil/ divulgação

A Polícia Civil deflagrou a maior operação já realizada contra a facção Comando Vermelho (CV), ao mirar em núcleo financeiro que teria movimentado cerca de R$ 6 bilhões em um ano. O valor representa o maior pedido de bloqueio patrimonial da história da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

A ação faz parte da “Operação Contenção“, que tem como alvo uma rede de lavagem de dinheiro que atende as maiores facções criminosas do país — além do CV, o Primeiro Comando da Capital (PCC) também se utiliza do esquema.

A ação desta quinta é realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento-Geral de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) e da Polícia Civil de São Paulo.

Mandados emitidos

Ao todo foram 46 mandados de busca e apreensão cumpridos tanto na capital fluminense quanto em municípios do estado de São Paulo. Até o momento, duas pessoas foram presas. Segundo a corporação, uma mulher foi presa em flagrante com um celular roubado. 

Em São Paulo, um homem foi preso em cumprimento de mandado prisão por organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de dívidas, uso de documento falso e operação de instituição financeira ilegal.

Ligação entre as facções

De acordo com a investigação, o núcleo financeiro do Comando Vermelho tem ramificações no estado paulista, com ligação direta com o PCC. O grupo alvo da operação atuava no esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Os criminosos contavam com uma rede estruturada que incluía bancos digitais, fintechs, intermediadoras de pagamento ilegais, empresas de fachada e plataformas contábeis, tudo sem autorização do Banco Central.

Segundo a Polícia Civil, o objetivo da ação desta quinta é “asfixiar financeiramente o crime organizado”, atingindo sua base logística, e cortar o dinheiro que é usado para compra de armas e drogas e também utilizados nas disputas por territórios na Zona Oeste da capital fluminense.

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