No mesmo dia em que votou a favor de tornar Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), participou de um ensaio fotográfico para a revista americana The New Yorker.
Ensaio fez parte de perfil que abordou trajetória profissional do ministro – Foto: Fábio Setti/The New Yorker
As fotos foram feitas para um perfil do ministro publicado nesta segunda-feira (7), na versão digital da New Yorker, uma das publicações mais influentes dos Estados Unidos. O responsável pelas imagens é o fotógrafo brasileiro Fábio Setti.
Fotógrafo diz que clima com Moraes foi “amistoso” apesar da tensão do julgamento
Em seu perfil no Instagram, Fábio Setti revelou que o ensaio aconteceu na manhã de 26 de março, data que marcou o segundo dia do julgamento no STF que analisava a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o grupo central da suposta tentativa de golpe.
4
Fotógrafo imaginou que o clima estaria tenso, mas afirmou que ministro foi receptivo – Fábio Setti/The New Yorker
4
Ministro fez ensaio fotográfico pouco antes de participar de aceite que tornou Bolsonaro réu – Fábio Setti/The New Yorker
4
Ensaio foi realizado na manhã do dia que Bolsonaro se tornou réu – Fábio Setti/The New Yorker
4
Ensaio fez parte de perfil que abordou trajetória profissional do ministro – Fábio Setti/The New Yorker
Setti relatou surpresa com o comportamento do ministro. “Imaginei um clima um tanto tenso, me enganei”, escreveu. Segundo ele, Moraes foi receptivo durante a sessão de fotos. A postagem, no entanto, foi alvo de críticas de apoiadores do ex-presidente e acabou removida da rede social.
A reportagem procurou o fotógrafo, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestação.
Ensaio foi realizado na manhã do dia que Bolsonaro se tornou réu – Foto: Fábio Setti/The New Yorker
No perfil publicado pela New Yorker, Moraes tem sua trajetória detalhada, desde a produção de um best-seller sobre Direito Constitucional até sua chegada à Suprema Corte.
Na entrevista, o ministro defende a regulamentação das redes sociais e afirma que o ambiente digital favorece a disseminação de ódio e desinformação. Ele comparou o cenário atual com o da Segunda Guerra Mundial: “Se os nazistas tivessem o X (ex-Twitter), teriam conquistado o mundo”, declarou à revista.
