
Júri popular está marcado para esta quarta-feira (9), na 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, às 13h. Bruno Santos de Lima, Daris Fidélis Motta e Manoel Vítor da Silva Soares respondem por homicídio qualificado, fraude processual e concurso de pessoas. Lourival e Bruno, pai e filho, donos de um ferro-velho na Mangueira
Reprodução
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) dará início nesta quarta-feira (9), às 13h, ao julgamento dos militares da Marinha acusados de matar um policial civil após uma briga em um ferro-velho.
Bruno Santos de Lima, Daris Fidélis Motta e Manoel Vítor da Silva Soares respondem por homicídio qualificado, fraude processual e concurso de pessoas. Eles são acusados de participação na morte de Renato Couto de Mendonça. O policial foi baleado e seu corpo levado em uma van da Marinha até o Rio Guandu.
Na última segunda-feira (7), a juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio, rejeitou o pedido da defesa dos acusados pelo adiamento da sessão plenária. A defesa alegou que um dos advogados estava de licença médica.
Contudo, como a banca de defesa conta com outros advogados inscritos para atuar no caso, a juíza entendeu que não seria necessário o adiamento.
Relembre o caso
Renato, que era perito da Polícia Civil, foi morto em maio de 2022 depois de investigar e ir atrás dos responsáveis por receptar material roubado de sua obra em um ferro-velho.
Renato Couto de Mendonça, perito morto após discussão
Reprodução
Os envolvidos eram os militares da Marinha Bruno Santos, Daris Fidélis e Manoel Vítor. O pai de Bruno, o civil, Lourival Ferreira de Lima, também participou do crime.
Todos os acusados seguem em prisão preventiva aguardando pelo julgamento do caso.
Na denúncia, o MP relata que Bruno Santos de Lima atirou três vezes no policial Renato, e contou com a ajuda dos outros militares para transportar o corpo de Renato e jogá-lo no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.
Vídeo: acusado por morte de policial civil no Rio é preso em alojamento da Marinha
Lourival participou do crime recolhendo as cápsulas deflagradas no local dos disparos, com o intuito de induzir ao erro da perícia criminal. A mesma prática foi observada nos outros três denunciados, que lavaram os vestígios de sangue existentes na van utilizada para transportar o corpo da vítima.
“Além de terem imobilizado a vítima, ainda a agrediram, efetuaram três disparos de arma de fogo, a colocaram dentro de uma van, levando-a até o Arco Metropolitano para atirá-la de cima de uma ponte no Rio Guandu, sabidamente caudaloso. Portanto, não resta dúvida que os réus agiram, exclusivamente, com a intenção de matar, não apenas de se defender”, destaca um dos trechos da denúncia do MP.