Com saída de Juscelino Filho, governo Lula chega à 10ª troca ministerial; relembre casos

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), pediu demissão nesta terça-feira (8), após ser acusado pela PGR (Procuradoria Geral da República) por corrupção passiva e outros crimes cometidos quando ainda era deputado federal. Com a saída, o Governo Federal chega à 10ª troca ministerial sob a atual gestão do presidente Lula (PT).

Juscelino Filho pediu demissão após ser acusado pela PGR – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil /ND

Acusações contra Juscelino Filho

O inquérito contra Juscelino apura supostos desvios em emendas destinadas à pavimentação de ruas em Vitorino Freire (MA), cidade administrada pela irmã do ministro, Luanna Rezende. Ela chegou a ser afastada do cargo, mas retomou o mandato após decisão do STF.

O relatório da PGR apontou que Juscelino Filho teria praticado os seguintes crimes:

  • Organização criminosa
  • Lavagem de dinheiro
  • Corrupção passiva

No ano passado, o presidente Lula chegou a defender o direito de auxiliar Juscelino Filho a “provar que é inocente”. Porém, o petista afirmou que o ministro perderia o cargo caso as investigações avançassem.

Em carta aberta divulgada nesta terça-feira, Juscelino disse que as acusações são infundadas e que “a decisão de sair agora também é um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro”.

Aliado no cargo?

Ainda não há um novo nome para substituir Juscelino no Ministério das Comunicações. No entanto, segundo divulgado pelo portal CNN, o União Brasil avalia indicar à pasta o deputado Pedro Lucas, líder na Câmara e aliado de Juscelino Filho no Maranhão.

Relembre trocas ministeriais do governo Lula

Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

Gonçalves Dias (sem partido) pediu demissão em 19 de abril de 2023, após a divulgação de imagens que o mostram dentro do Palácio do Planalto durante as invasões do 8 de janeiro. O ministro-chefe foi trocado por Marcos Antonio Amaro dos Santos (sem partido).

Ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias presta depoimento na CPMI de 8 de janeiro – Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Turismo

Daniela Carneiro (União Brasil) entrou como cota do partido, segundo o portal CNN Brasil. Em abril de 2023, ela pediu desfiliação do partido por “assédio” da direção nacional da sigla. Ela então foi substituída por Celso Sabino, também do União Brasil, em julho do mesmo ano.

Daniela Carneiro, deixou o Ministério do Turismo em julho de 2023 – Foto: Daniela-Carneiro

Esportes

Ana Moser (sem partido), foi demitida em 6 de setembro de 2023. André Fufuca (PP), assumiu em seu lugar. A troca é apontada como uma aproximação do governo Lula com o centrão.

Ana Moser deixou o Ministério do Esporte em setembro de 2023 – Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/ND

Portos e aeroportos

Márcio França (PSB) saiu do ministério para assumir o Ministério de Micro e Pequenas Empresas, criado em novembro de 2023. Silvio Costa Filho (Republicanos) assumiu a cadeira.

Ministro Márcio França assumiu novo ministério em novembro de 2023 – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/ND

Justiça e Segurança Pública

Flávio Dino (PSB) deixou o cargo, em janeiro de 2024, para assumir o posto de Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) em janeiro de 2024. A pasta foi assumida por Ricardo Lewandowski (sem partido).

Ministro Flávio Dino assumiu cadeira no STF – Foto: Gustavo Moreno/STF/ND

Direitos Humanos e Cidadania

Silvio Almeida (sem partido) foi demitido após ser denunciado por diversas mulheres por assédio sexual, em setembro de 2024. Macaé Evaristo (PT) assumiu o ministério.

Silvio Almeida recebeu diversas acusações por assédio – Foto: Paulo Rolemberg/ND

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Paulo Pimenta (PT) foi trocado por Sidônio Palmeira (sem partido) em janeiro de 2025. A substituição teve o objetivo de melhorar a comunicação do mandato do presidente.

Para o ministro Paulo Pimenta, foi substituído na Reforma Ministerial – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil/Reprodução/ND

Saúde

Em fevereiro de 2025, Nísia Trindade (sem partido) foi substituída por Alexandre Padilha (PT). A gestão de Nísia era criticada nos bastidores por falta de uma “marca” na Saúde e a condução do combate à dengue.

A ministra da saúde, Nísia Trindade Lima, foi substituída por Alexandre Padilha – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Reprodução/ND

Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República

Também em fevereiro, Gleisi Hoffmann assumiu a cadeira deixada por Alexandre Padilha. A mudança faz parte da reforma ministerial, vista com desconforto por legendas de centro, já que a mudança foi somente com políticos do quadro do PT.

Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha com Lula – Foto: Ricardo Stuckert/PR/ND

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