Corpo do policial da Core atacado por bandidos na Zona Oeste é velado


Principal linha de investigação é latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. A mulher dele, a juíza Tula Mello, do Tribunal do Júri, vinha em outro veículo. O carro dela foi atingido com 3 tiros, mas por ser blindado, ela nada sofreu. O corpo do policial João Pedro Marquini, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), assassinado com cinco tiros de fuzil, na noite de domingo (30), é velado na manhã desta terça-feira (1º) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. Pouco antes das 8h, a viúva, a juíza criminal Tula de Mello, e os três filhos do agente chegaram ao local. Abalados, eles receberam as condolências de colegas e amigos de Marquini.
Marquini foi morto com cinco tiros de fuzil — dois no peito, dois no braço e um na perna .
O agente da equipe de elite da Polícia Civil morreu na hora, numa ação de bandidos na Serra da Grota Funda, na Zona Oeste do Rio. A principal linha de investigação é latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.
O corpo do policial será enterrado nesta terça-feira (1º) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, também na Zona Oeste.
Segundo as investigações, o policial foi de carona com a mulher, a juíza criminal Tula de Mello, até a casa da mãe em Campo Grande. Lá pegou o carro dele, que tinha passado por um conserto.
A juíza seguiu o marido no carro dela. Na descida da Serra da Grota Funda, em Vargem Grande, a polícia diz que bandidos fecharam a pista.
A juíza Tula Mello e o policial João Pedro Marquini
Reprodução/TV Globo
Marquini vinha na frente, e a juíza, atrás. Ao perceber a ação dos criminosos, ele chegou a ligar para um amigo e deixou o celular no viva voz.
A juíza deu ré, mas os bandidos começaram a atirar. Marquini saiu do carro armado, mas não deu qualquer disparo. Foi baleado antes.
O carro da juíza foi atingido por três tiros, mas, como é blindado, Tula não se feriu.
Peritos recolheram no local apenas cápsulas de fuzil 556.
O policial João Pedro Marquini
Reprodução/TV Globo
O policial João Pedro Marquini
Reprodução/TV Globo
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Fuga dos bandidos
Carro que teria sido usado por bandidos no ataque ao policial da Core
Reprodução/TV Globo
Há informações de que os bandidos fugiram para a comunidade César Maia, em Vargem Pequena, que há mais de 1 ano é controlada pelo Comando Vermelho (CV).
Logo depois, a Core fez uma operação na região e encontrou o carro que teria sido usado pelos criminosos.
Os investigadores suspeitam que esse veículo tenha sido usado num ataque no Cesarão, em Santa Cruz, pouco antes do episódio que envolveu o policial e a juíza.
Há marcas de tiros no veículo de fora para dentro. O para-brisa traseiro está destruído.
Veículo ficou destruído
Reprodução/TV Globo
A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) é latrocínio. Já existem suspeitos do crime.
Os bandidos, que teriam fechado a pista da Serra da Grota Funda para roubar carros, também levaram uma pistola do policial. Uma outra arma foi encontrada embaixo do banco do carona.
O casal teria se deparado com o bonde da comunidade César Maia, que é controlado pelo traficante Rodney Lima de Freitas, conhecido como RD.
O traficante Rodney Lima de Freitas, conhecido como RD
Reprodução/TV Globo
Marquini tinha 38 anos e estava há mais de 11 anos na Polícia Civil.
Ele era da Core e se destacou internacionalmente, no tradicional curso da Swat da polícia de Miami.
O policial deixou três filhos. Desde fevereiro do ano passado, Marquini estava casado com a juíza Tula de Mello, uma das quatro magistradas à frente dos tribunais do júri do estado.
A juíza Tula Mello e o policial João Pedro Marquini
Reprodução/TV Globo
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