
Uma das vantagens é que método consegue constatar SARS-CoV-2 mesmo em concentração baixa. Ideia é expandir projeto para identificar causadores de outras doenças. Pesquisadores usam inteligência artificial para detectar o vírus da Covid-19
Pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) de São Carlos desenvolveram um método com Inteligência Artificial (IA) que pode identificar mesmo em concentração baixa o SARS-CoV-2, um dos vírus que causa a Covid-19.
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A pesquisa é realizada em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O principal objetivo dos pesquisadores é desenvolver um método mais eficaz e rápido.
Para se ter uma ideia, durante a pandemia, o paciente costumava aguardar sete dias de sintomas para fazer o teste em laboratório, e o resultado demorava até uma semana, em média, para ficar pronto.
Agora, com a nova tecnologia, o teste pode ser feito nos estágios iniciais e o resultado demora 30 minutos para sair.
O pesquisador Pedro Ramon explicou a metodologia de trabalho. “Nós empregamos IA para fazer análise de imagem e com isso conseguimos ter uma precisão muito boa para detectar os vírus em menores quantidades, e isso pode ajudar na rapidez e precisão do teste.”
Lâmina com amostras é analisada por pesquisadores do IFSC-USP, em São Carlos, para identificar vírus
Reprodução/EPTV
Basicamente, uma gota é colocada em um sensor posteriormente analisado por um microscópio, e um programa utiliza IA para ler a imagem e dizer se há ou não a presença do vírus. Quando o resultado aparece, a precisão é de 99,88%, segundo o pesquisador.
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Expansão da tecnologia
O professor Osvaldo Novaes de Oliveira Junior também está envolvido no estudo e acredita que é possível ampliá-lo.
“Uma grande vantagem da pesquisa é que fazemos detecção sem utilizar nenhum instrumento de medida. No nosso caso fizemos com imagem de microscópio e vamos tentar também fazer com imagens de celular.”
Conforme os pesquisadores, há otimismo para expansão da tecnologia para identificação de outros vírus e bactérias causadores de doenças.
“O estudo já foi publicado e pode ser colocado em prática. Nós acreditamos que grupos de pesquisa no mundo todo vão poder usar essa técnica que é muito simples”, destaca Junior.
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