
A Polícia Civil de Santa Catarina, em conjunto com a Delegacia de Polícia de Garuva e equipes de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, deflagrou na última quarta-feira (20) a operação “Bus Spotting”, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada no furto de módulos eletrônicos de ônibus e caminhões. A ação, que abrangeu mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas, ocorreu em cidades paulistas como Guarulhos, Itaquaquecetuba e a capital São Paulo.
O grupo criminoso, que vinha sendo investigado desde novembro de 2024, é suspeito de realizar furtos em garagens de empresas de transporte rodoviário. Um dos crimes que motivaram o início das investigações ocorreu em Garuva, onde, em 23 de novembro de 2024, os criminosos invadiram a garagem de ônibus escolares e furtaram diversos equipamentos eletrônicos. O prejuízo superou os R$ 100 mil e deixou centenas de crianças sem transporte para as escolas.
Na época, os criminosos furtaram onze módulos de cabine, nove módulos ABS, oito conversores e um sensor de rotação.
Detalhes da investigação
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o grupo tinha como modus operandi o monitoramento detalhado das rotinas e vulnerabilidades de segurança das empresas de transporte. Além de Garuva, os criminosos são suspeitos de realizar furtos em cidades como Maringá (PR), Londrina (PR), Viçosa (MG) e Itajaí (SC). O nome da operação, “Bus Spotting”, faz alusão à prática dos criminosos de observar e rastrear pátios de transportadoras.
De acordo com o delegado Marcio Maciel, as investigações começaram a partir da identificação de um veículo suspeito, que foi monitorado após o furto em Garuva. “Através de imagens de câmeras de segurança e comparações com registros em redes sociais, conseguimos identificar um dos principais envolvidos, que foi reconhecido nas imagens dos sistemas de monitoramento dos ônibus”, explicou o delegado.
A Polícia Civil de Santa Catarina se aprofundou na investigação e descobriu outros comparsas. “Nesse momento, novos crimes eram cometidos, como o de Viçosa, em Minas Gerais, um dia antes da operação. Eles já estavam sendo monitorados para a deflagração da operação e os policias acabaram se surpreendendo com eles no dia anterior na cidade de Viçosa”, afirmou.
Com o apoio de equipes táticas de São Paulo, a operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva nas cidades paulistas de Guarulhos, Itaquaquecetuba e na Capital. Durante as diligências, uma pessoa foi presa, enquanto outros suspeitos identificados pela apuração encontram-se foragidos.
“As investigações ainda prosseguem porque tem outros envolvidos que inclusive estão foragidos e as diligências serão feitas ainda para localizar esses indivíduos, sedimentar com mais provas todos esses outros crimes que eles praticaram, inclusive fora do âmbito de Garuva, ainda que a gente tenha que fornecer esse trabalho, esse resultado já materializado para as outras cidades para que a Polícia Civil, o Ministério Público Judiciário de cada comarca adote as providências que devem ser adotadas”, destacou o delegado.