
Já imaginou uma estrada de ladrinhos no fundo do oceano? Uma equipe de pesquisadores encontrou a estrutura curiosa a aproximadamente a 3 mil metros de profundidade no Oceano Pacífico, em uma expedição na crista Lili’uokalani, localizada no Monumento Marinho Nacional Papahānaumokuākea, nos Estados Unidos.

Já imaginou uma estrada de ladrinhos no fundo do oceano? Uma equipe de pesquisadores encontrou a estrutura curiosa a aproximadamente a 3 mil metros de profundidade no Oceano Pacífico – Foto: Divulgação/Papahānaumokuākea.gov/ND
Durante a expedição, os cientistas a bordo do navio registraram imagens de uma formação geológica que lembra um caminho de mosaicos.
Apesar da aparência peculiar, a estrutura não é artificial. Conforme os geólogos da expedição, trata-se de um processo natural resultante da atividade vulcânica.
A fragmentação perpendicular das rochas ocorreu devido ao aquecimento e resfriamento sucessivos da lava ao longo de milhares de anos, o que gerou a formação da estrada de ladrinhos.
Uma pesquisa conduzida pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) demonstrou que a solidificação da lava em ambientes subaquáticos pode gerar formações hexagonais e estruturas semelhantes a estrada de ladrilhos, um fenômeno também observado na famosa Calçada dos Gigantes, na Irlanda do Norte.

A solidificação da lava em ambientes subaquáticos pode gerar formações hexagonais e estruturas semelhantes a estrada de ladrilhos – Foto: Divulgação/Infobae/ND
O vasto oceano e a estrada de ladrilhos
Esse achado reforça o quanto ainda desconhecemos sobre os oceanos. Estima-se que mais de 70% da superfície terrestre seja coberta por água, sendo a maior parte composta por oceanos. No entanto, segundo a NOAA menos de 5% do fundo marinho foi explorado diretamente.
No entanto, uma pesquisa publicada na revista Nature Geoscience aponta que a exploração das profundezas marinhas é fundamental para compreendermos não apenas a formação geológica da Terra, mas também os ecossistemas que ali se desenvolvem.

Estrada de ladrilhos: segundo a NOAA menos de 5% do fundo marinho foi explorado diretamente – Foto: Canva/ND