Lula convida Centrão para anúncio da reforma do IR, mas apoio à matéria é incerto


Parlamentares de siglas da base questionam sugestão do governo de compensar perdas arrecadatórias taxando quem ganha mais de R$ 50 mil por mês Palácio do Planalto convida líderes do Centrão na Câmara e no Senado para a cerimônia de anúncio do projeto de lei da reforma do IR
Jornal Nacional/ Reprodução
O Palácio do Planalto decidiu convidar os líderes dos partidos do Centrão na Câmara e no Senado Federal para a cerimônia de anúncio do projeto de lei que trata da reforma do Imposto de Renda. O governo irá detalhar a proposta, que prevê isenção total de IR para quem ganha até R$ 5.000 por mês, a partir de 2026.
O encontro está previsto para ocorrer nesta terça-feira (18) pela manhã, no Palácio do Planalto. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também estarão no evento. O convite aos líderes dos partidos de centro partiu da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
A ideia é dar peso político ao anúncio e tentar diluir resistências no parlamento. O Planalto trabalha para que esse assunto seja a pauta da semana na opinião pública. Após a cerimônia, Lula viaja a Sorocaba, no interior de São Paulo, para um evento na fábrica da Toyota. O presidente deve dedicar parte do seu discurso para defender a reforma no Imposto de Renda.
Apesar do convite ao Centrão, o apoio a essa matéria no Congresso ainda é incerto. A resistência maior no que o governo deverá propor para compensar a perda arrecadatória com a ampliação da isenção. A ideia da equipe econômica é taxar, com um imposto mínimo, os contribuintes com rendimentos mensais superiores a R$ 50 mil.
Líderes ouvidos pelo blog afirmam que esse caminho não é bem visto entre os parlamentares e, principalmente, pelo mercado. Pesa contra o governo o ambiente de insatisfação de uma parte do Congresso com o fato de Lula não ter incluído até agora, na reforma ministerial, os partidos do Centrão.
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