
Durante coletiva realizada na noite desta sexta-feira (14), após o agente feito de refém na Penitenciária de Itajaí ser liberto, as forças de segurança responsáveis por conduzir as negociações com os cinco detentos envolvidos no motim deram detalhes do ocorrido.

Coletiva de imprensa deu detalhes sobre motim no presídio de Itajaí – Foto: SAP/Divulgaçao/ND
Alegações dos detentos serão avaliadas
De acordo com a secretária de Estado de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva, os detentos reivindicaram situações envolvendo alimentação, saúde e falta de água no complexo penitenciário.
Ainda de acordo com a secretária, as alegações dos detentos foram ouvidas e serão avaliadas.
“Com certeza, a secretaria vai avaliar o que foi alegado pelos internos, vamos abrir um procedimento para que seja investigado como que aconteceu toda essa situação.”, concluiu.

Agente penal é liberto após oito horas refém em presídio de Itajaí – Foto: Brayan Brum/ND
Versões sobre o motivo do motim no presídio de Itajaí conflitam
O advogado Luís Veiga, representante da OAB de Balneário Camboriú, esteve no local e avaliou que o motim seria uma atitude isolada de integrantes de uma mesma cela. Segundo o advogado, o sequestro teria como finalidade pressionar o Estado a transferir os presos a suas comarcas de origem.
No entanto, a versão é rebatida pela Sejuri e pelo Bope. “Foi um oportunismo que eles tiveram. E a partir disso acabaram reivindicando questões como falta d’água, alimentação, saúde, enfim… fatos que sempre são reivindicados pelos presos”, declarou a secretária de Estado de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva.
Segundo o tenente-coronel Mlanarczyki, do Bope, a versão da OAB não se confirma. “Em momento algum os presos tiveram essa movimentação [de reivindicar troca de comarca]. Inclusive, na tratativa com a própria juíza responsável, ela deixou bem claro que não era isso”, afirmou Mlanarczyki.