Maioria dos norte-americanos considera ações de Trump na economia muito erráticas, diz pesquisa


Para 57% dos entrevistados — incluindo um em cada três republicanos — as políticas do presidente têm sido instáveis. Seis em cada dez entrevistados estão preocupados com a inflação. Tarifas de Trump sobre aço e alumínio entram em vigor e atingem todos os países
Pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira (12) mostra que a maioria dos norte-americanos acredita que o presidente Donald Trump está sendo “muito errático” em suas ações para a economia dos Estados Unidos.
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A pesquisa entrevistou 1.422 adultos norte-americanos em todo o país, entre terça (11) e quarta-feira. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Para 57% dos entrevistados — incluindo um em cada três republicanos — as políticas do presidente têm sido instáveis. No radar estão os esforços de Trump para taxar importações e o início de uma guerra comercial global.
Segundo a pesquisa, os norte-americanos querem que Trump continue a se concentrar no combate aos preços altos. Apenas 32% dos entrevistados aprovam as ações do presidente para reduzir o custo de vida.

Além disso, 70% disseram esperar que tarifas mais altas tornem mais caros alimentos e outros itens. A inflação foi, de longe, a principal preocupação dos entrevistados na pesquisa. Seis em cada dez entrevistados disseram que essa era a questão que Trump deveria priorizar.
No geral, 44% dos entrevistados disseram que aprovavam o trabalho que Trump está fazendo como presidente. O índice está no mesmo patamar da pesquisa realizada entre 3 e 4 de março.
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Mercado financeiro
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Reuters
A imposição de tarifas por Trump a aliados, como o Canadá e o México, e sua recusa em descartar uma recessão assustaram os mercados dos EUA.
Em resposta, a Casa Branca disse que algumas dificuldades econômicas de curto prazo podem ser necessárias para que Trump implemente sua agenda comercial, que tem como objetivo levar a produção de volta aos EUA.
Durante a maior parte de sua carreira política, Trump defendeu que a força do mercado de ações era um indicativo de saúde econômica. Mas, desde que retornou ao cargo, ele tem minimizado esse fato.
“Os mercados vão subir e vão cair. Temos que reconstruir nosso país”, disse Trump na Casa Branca na segunda-feira.
Essa é uma mudança brusca de tom em relação ao seu primeiro mandato. Em março de 2017, Trump comemorou o fato de o índice Dow Jones ter ultrapassado a marca de 21.000 pontos pela primeira vez.
Nesta quarta-feira, uma porta-voz da Casa Branca pediu paciência, classificando o desempenho do mercado de “um instantâneo de um momento no tempo”.
“Esperamos que haja dias bons e dias ruins, mas, em última análise, Wall Street e Main Street vão se beneficiar das políticas deste presidente, como fizeram em seu primeiro mandato”, acrescentou
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