Conhecida como Caribe Catarinense, a Ilha do Campeche é uma combinação paradisíaca de águas cristalinas, areia clara, mata abundante, história e biodiversidade, com direito ao convívio com os quatis que circulam livremente por lá.
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Ilha do Campeche, em Florianópolis, é tombada pelo Iphan como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico do Brasil – Allan Carvalho/PMF/Divulgação
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Ilha do Pelado, na baía de Paraty, é uma das mais de 60 ilhas da cidade que é Patrimônio Mundial da Unesco – @euamoparaty
Localizada em frente à Praia do Campeche, no Sul de Florianópolis, a ilha é tombada pelo Iphan como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico, por conter a maior concentração de oficinas líticas e gravuras rupestres de todo o litoral brasileiro.
Por sua vez, a Ilha do Pelado fica na região Norte da baía de Paraty e é uma das 65 ilhas do território desta cidade carioca que é considerada Patrimônio Mundial da Unesco, pela sua cultura e biodiversidade. Assim como a catarinense, a ilha carioca também combina mar de águas claras e calmas, areia fina e vegetação, embrulhadas em doses de diversão ou descanso, à escolha do visitante.
A seguir levantamos as principais informações sobre as duas ilhas, como suas características naturais, atrativos, custos e deslocamento. Tanto Florianópolis (onde fica a Ilha do Campeche) quanto Paraty (onde fica a Ilha do Pelado) são cidades turísticas, com um leque enorme de outros atrativos e ampla infraestrutura de recepção.
A escolha é difícil e não nos cabe. Avalie os pontos a seguir e decida qual vale a pena conhecer: a Ilha do Campeche ou a Ilha do Pelado?
Características naturais Ilha do Pelado x Ilha do Campeche
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A Ilha do Campeche é considerada o Caribe Catarinense – Allan Carvalho/PMF/Divulgação
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Ilha do Pelado é uma das mais bem estruturas da região Norte da baía de Paraty – @euamoparaty
A ilha carioca e a catarinense têm características naturais bastante semelhantes. Ambas possuem praia de areia clara e fina. Na Ilha do Campeche há apenas uma faixa contínua de areia, com seus cerca de 500 metros de extensão. Na Ilha do Pelado, a faixa é separada por rochas pelo caminho, que a divide em três pequenas praias.
Nas duas, o mar é de águas calmas, como piscinas naturais, em cores que variam em tons de azul (na carioca) e verde-esmeralda (catarinense). Em ambas a vegetação recobre a ilha e contorna a areia, com a diferença de que a Ilha do Campeche tem uma Mata Atlântica mais abundante, por onde é possível fazer várias trilhas.
Atrações da Ilha do Pelado x Ilha do Campeche
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Além de três restaurantes, a ilha carioca conta com passeios de banana boat e stand-up paddle – @euamoparaty
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Na ilha catarinense há quatro opções de trilhas terrestres e uma aquática a serem percorridas – @patrimonioilhadocampeche
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Os quatis que circulam pela Ilha do Campeche não deixam de ser atração do local. Atenção porque é proibido alimentá-los! – Allan Carvalho/PMF/Divulgação
Além das praias em si, as duas ilhas contam com outros atrativos turísticos. Na Ilha do Pelado, as atrações são voltadas à diversão, sendo possível praticar standup paddle, andar de caiaque ou se aventurar em uma banana boat. Também dá para praticar mergulho com snorkel e observar a vida marinha do local. Outra opção é contratar um combo de travessia e conhecer outras ilhas próximas a do Pelado.
Já na Ilha do Campeche, as possibilidades envolvem uma imersão na natureza, com grandes pitadas de história e biodiversidade. No Caribe Catarinense há quatro trilhas terrestres que percorrem sítios arqueológicos em meio à Mata Atlântica e uma trilha subaquática para observar a fauna e a flora marinhas em mergulhos de flutuação, com snorkel (não é preciso ter prática e nem saber nadar).
Todas as trilhas são guiadas por monitores credenciados pelo Iphan e ocorrem especialmente na temporada de verão. Na baixa temporada, vale conferir a agenda com o Programa de Visitação e Conservação da Ilha do Campeche.
Estrutura da Ilha do Pelado x Ilha do Campeche
Na ilha carioca estão instalados três restaurantes tradicionais que funcionam o ano inteiro e servem porções, lanches e pratos, à base de peixes e frutos do mar frescos. Não há serviços de locação de cadeiras e guarda-sóis nem banheiros químicos. Entretanto, consumindo em algum dos estabelecimentos é possível usar a estrutura deles.
Na ilha catarinense, toda infraestrutura fica disposta na alta temporada, de dezembro a abril. Neste período, funcionam por lá um restaurante especialista em frutos do mar e um pequeno quiosque de lanches (que só aceitam dinheiro). Locação de cadeiras e guarda-sóis e posto salva-vidas também estão disponíveis no verão. Ao longo do ano todo, a Ilha do Campeche dispõe de banheiros químicos.
Como visitar cada uma das ilhas
Ilha do Pelado
Da Praia de São Gonçalo partem vários barcos em direção à Ilha do Pelado – Foto: JV Ilhas/Divulgação
O jeito mais prático e também mais barato de se chegar à Ilha do Pelado é fazendo a travessia a partir da Praia de São Gonçalo, a apenas um quilômetro de distância. A viagem dura em média cinco minutos e o transporte de ida e volta custa em torno de R$50 por pessoa.
Na praia há vários barqueiros que oferecem esse serviço. Antes de contratá-los confirme qual o último horário de retorno, já que alguns fazem a última viagem às 13h e outros às 16h. O serviço é oferecido o ano inteiro.
Para quem está hospedado no Centro de Paraty, são 33 quilômetros de distância até São Gonçalo. Algumas opções de transporte são:
– Carro, em cerca de 30 minutos. Na Praia de São Gonçalo há estacionamento. Cerca de R$30 o dia;
– Ônibus municipal, partindo da Rodoviária de Paraty, na região central. De R$5 a R$8,50 a passagem;
– Transfer de vans, que pegam turistas nas pousadas e levam até a praia (a Jango Tour é uma dessas). Cerca de R$70 ida e volta por pessoa;
– Táxi ou carros de aplicativo. Cerca de R$200 ida e volta.
Ilha do Campeche
Em Florianópolis partem barcos e escunas para a Ilha do Campeche de ao menos três praias – Foto: Allan Carvalho/PMF/Divulgação
A partir da temporada 2024/2025, a Ilha do Campeche passou a ter seu acesso controlado por meio da emissão de autorizações. O objetivo é garantir que a cota de acesso de 800 pessoas por dia seja respeitada, aliando turismo e preservação ambiental do patrimônio tombado. O tempo de permanência na ilha é delimitado entre 9h e 17h.
Desde fevereiro deste ano, o turista que quiser visitar a ilha precisa entrar em contato com uma das associações autorizadas de transporte e verificar a disponibilidade de autorizações para a data desejada. Como o local é super disputado, é importante agendar com antecedência.
O embarque até a Ilha do Campeche pode ser feito em diferentes regiões de Florianópolis. A travessia mais rápida é na Praia do Campeche (Sul de Floripa), com duração entre cinco e 15 minutos em botes infláveis motorizados. Também saem embarcações da Praia da Armação e da encantadora Barra da Lagoa. Os valores variam de R$250 a R$300 dependendo do local de embarque.
Do Terminal de Integração do Centro (TICEN) de Florianópolis partem ônibus urbanos que levam a qualquer uma das praias onde se pode embarcar para a Ilha do Campeche.
Acessar a ilha com transporte próprio
Para quem deseja acessar a ilha com sua embarcação particular, precisa se cadastrar e reservar o voucher no site da Prefeitura. A quantidade diária é limitada a 120 vagas e é necessário apresentar documento de identidade na chegada à ilha. Importante reservar com antecedência!
Quanto custa passar o dia nas ilhas
O quanto se gasta nas ilhas vai depender de muitos fatores, como se você vai levar sua própria alimentação ou comer lá; se vai fazer algum passeio extra ou trilha; qual será seu ponto de embarque, entre outros. Abaixo, separamos alguns itens para você ter uma ideia de preços.
Ilha do Campeche
- Transporte (ida e volta): de R$ 250 a R$ 300 por pessoa. Crianças até seis anos não pagam.
- Alimentação: de R$ 50 a R$ 70 por pessoa.
- Trilha subaquática: R$ 80 por pessoa.
- Trilhas terrestres: de R$ 15 a R$ 45 por pessoa.
- Aluguel de cadeira e guarda-sol: cerca de R$ 60.
Ilha do Pelado
- Transporte (ida e volta): cerca de R$ 50 por pessoa.
- Alimentação: de R$ 50 a R$ 70 por pessoa.
- Passeios de caiaque e banana boat: de R$ 30 a R$ 50.
- Combo de travessias para outras ilhas: de R$ 100 a R$ 200.
Como chegar em Florianópolis e em Paraty
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A icônica Ponte Hercílio Luz, um dos principais cartões-postais de Florianópolis, em Santa Catarina – Allan Carvalho/PMF/Divulgação
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Famoso Centro Histórico de Paraty, no Rio de Janeiro – Getty Images
A capital de Santa Catarina conta com o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, onde chegam voos de nove cidades dentro do país, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e outros nove destinos internacionais. Durante a alta temporada, a administração do aeroporto ainda pode adicionar rotas extras.
Já a cidade de Paraty não conta com aeroporto comercial. Para chegar na cidade há empresas de ônibus intermunicipais (como a Costa Verde) que partem do Rio de Janeiro e interestaduais que saem de São Paulo (como a Reunidas) com destino ao município. As viagens duram em torno de cinco e sete horas, respectivamente.
