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O cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi preso nesta quinta-feira (20), durante uma operação de blitz da PM-RJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro) no bairro da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
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Oruam foi preso nesta quinta-feira (20) – Foto: Divulgação
Assessoria de Oruam diverge da Polícia Militar
Momentos após a prisão, a assessoria do cantor enviou uma nota à imprensa. “A Assessoria de Comunicação do rapper confirma que, nesta quinta-feira (20), o artista foi encaminhado à 16ª Delegacia de Polícia Civil, na Barra da Tijuca (RJ), após ter sido parado em uma blitz”, afirmou.
No Instagram, uma publicação nos “stories” do cantor diz que o foco é resolver a situação “da melhor forma possível”.

Perfil de Oruam publicou stories momento após prisão – Foto: Reprodução/Instagram
Segundo a PM-RJ, Oruam teria feito uma manobra para, supostamente, fugir da abordagem da blitz. Testemunhas afirmam que o cantor dirigiu na contramão para evitar ser detido.
Prisão ocorre em meio a aumento de propostas de lei “anti-Oruam”
Em janeiro, a vereadora de São Paulo, Amanda Vettorazzo (União Brasil), apresentou um projeto de lei para proibir a prefeitura da capital paulista de contratar “shows ou eventos com apologia ao crime organizado”.
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Amanda Vettorazzo (União Brasil) é responsável por Projeto de Lei que proíbe contratação de shows que façam apologia ao crime – Foto: Mônica Alves/Câmara de Vereadores de São Paulo
Vettorazzo divulgou nas redes sociais sua defesa do projeto e citou o caso de Oruam. O rapper é filho de Marcinho VP, apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho, e sobrinho de Elias Maluco, responsável pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Em 2024, durante sua apresentação no festival Lollapalooza, Oruam usou uma camisa estampada com o rosto de Marcinho VP e a palavra “liberdade”. O líder da facção criminosa foi preso em 1996, em Porto Alegre. O cantor nasceu em 2001.
Com a apresentação no Lollapalooza, Oruam foi alvo de críticas e se defendeu, afirmando que não viveu “coisas simples” com o pai. “Não tenho uma foto sequer com meu pai, e muito menos tive o prazer de desfrutar de coisas simples com ele”, disse.
Após o projeto e a repercussão nas redes sociais, a vereadora lançou uma campanha nacional para que propostas semelhantes fossem protocoladas em outras cidades do país. O movimento já alcançou mais de 80 cidades, incluindo grandes centros como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Florianópolis.