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Rebecca Noble
O Senado dos Estados Unidos confirmou, nesta quinta-feira (20), por estreita margem, Kash Patel como diretor do FBI, a polícia federal americana, apesar das críticas dos democratas.
Dos 100 senadores, 51 votaram a favor da nomeação de Patel para chefiar o FBI e 49 contra, inclusive dois republicanos.
O ex-promotor federal, de 44 anos, é um apoiador ferrenho do presidente republicano, Donald Trump.
Os democratas o criticaram por ter defendido os invasores do Capitólio, em janeiro de 2021, e seu apoio no passado ao movimento conspiratório de extrema-direita QAnon.
No mês passado, em sua audiência de confirmação, os democratas exibiram uma lista de 60 supostos atores do “Estado profundo” — todos críticos de Trump —, que Patel incluiu em um livro de 2022 e que, segundo ele, deveriam ser investigados ou “difamados”.
Patel negou que tenha uma “lista de inimigos” e disse ao comitê judicial do Senado que só está interessado em levar perante a Justiça os infratores da lei.
“Todos os funcionários do FBI estarão protegidos contra represálias”, afirmou.
Até agora, o Senado, controlado pelos republicanos, aprovou todos os nomeados por Trump para compor seu gabinete, o que deixa evidente o seu controle do Partido Republicano.
Entre eles está Tulsi Gabbard, confirmada como chefe de espionagem do país, apesar de seu apoio anterior a países adversários dos Estados Unidos, como Rússia e Síria, e o ativista antivacina Robert F. Kennedy Jr. como secretário de Saúde.
Em sua última tentativa para impedir a nomeação de Patel, o senador democrata Dick Durbin deu uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira do lado de fora da sede do FBI, no centro de Washington, e advertiu que ele seria “um desastre político e de segurança nacional” como chefe da polícia federal americana.
Mais tarde, no plenário do Senado, Durbin advertiu que Patel é “perigosamente, politicamente extremo”.
“Ele expressou reiteradamente sua intenção de utilizar a agência de aplicação da lei mais importante da nossa nação para adotar represálias contra seus inimigos políticos”, assinalou.