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Com o calor dos últimos dias, o brasileiro vai criando alternativas para se refrescar. Seja com ar-condicionado, ventiladores, toalhas molhadas nas janelas e tem até quem toma vários banhos por dia para diminuir a temperatura e tirar o suor.
Algumas dessas alternativas, porém, estão fazendo com que a conta de energia elétrica de muitas casas aumente. Em fevereiro, o Brasil registrou um novo recorde de consumo, atingindo 103.785 MW; os dados são do site ClimaTempo.
O valor superou a marca anterior, de 102.740 MW, registrada em janeiro. O aumento está diretamente ligado à intensa onda de calor, que leva ao uso excessivo de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, pressionando a rede elétrica. Para os consumidores, essa alta demanda pode representar um custo maior na conta de luz.
Altas temperaturas e efeitos no sistema energético
O crescimento do consumo de energia devido às temperaturas elevadas não é uma novidade. Em 2023, o planeta enfrentou o ano mais quente já registrado, e 2025 segue o mesmo caminho.
No Brasil, diversas cidades já bateram recordes de calor logo nos primeiros meses do ano. O aumento da temperatura intensifica o uso de aparelhos elétricos para refrigeração, sobrecarregando a rede. Além disso, a escassez de chuvas compromete os reservatórios das hidrelétricas, a principal fonte de geração de eletricidade do país. Com níveis baixos de água, o acionamento de usinas termelétricas se torna necessário, encarecendo ainda mais a energia.
Outro fator preocupante é o aumento na frequência e intensidade de tempestades. Chuvas fortes e ventos podem derrubar árvores e postes, provocando apagões e dificultando o restabelecimento da rede elétrica. Quando a demanda por energia já está elevada, essas instabilidades podem afetar milhões de pessoas e prejudicar setores essenciais da economia.
Desafios para o futuro da energia no Brasil
Com o avanço das mudanças climáticas, especialistas alertam que ondas de calor e tempestades serão cada vez mais frequentes. O aumento contínuo no consumo de eletricidade impõe desafios ao setor energético, que precisa se adaptar para garantir um fornecimento estável sem gerar custos excessivos para a população.
Segundo o Climatempo, o planejamento da matriz energética do país deve considerar esses fatores e ampliar a participação de fontes renováveis para evitar apagões e manter a sustentabilidade do sistema.