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Uma nova onda de calor impacta o Distrito Federal, elevando a sensação térmica e exigindo atenção especial da população para evitar problemas de saúde, como desidratação, cansaço excessivo e dores de cabeça.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas devem permanecer altas até o fim da semana, com máximas que podem ultrapassar em 5°C a média climatológica do período nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país.
A Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil (Sudec), vinculada à Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), reforça a necessidade de cuidados preventivos durante esse período de calor intenso.
Segundo o gerente da Defesa Civil, capitão Mauro Coimbra, a emissão de alertas busca minimizar os impactos da alta temperatura. “Os alertas têm por objetivo a proteção da população e a informação sobre os riscos mais altos nesse período de calor. Usamos a prevenção para mitigar as consequências que as temperaturas mais elevadas podem trazer”, afirmou.
O monitoramento climático no DF é contínuo e segue os padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando os índices de umidade relativa do ar ficam abaixo de 30% por dois dias consecutivos, a Defesa Civil emite avisos via SMS para a população. O serviço de alertas pode ser acessado com um cadastro prévio, enviando o CEP para o número 40199.
Recomendações
Para evitar complicações decorrentes das altas temperaturas, a Defesa Civil recomenda medidas simples, como hidratação constante, uso de roupas leves e proteção contra o sol. A exposição direta nos horários mais quentes do dia deve ser evitada, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes. Além disso, é essencial não deixar crianças e animais dentro de veículos estacionados.
A chefe do serviço de Nefrologia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Núbia Moreira, alerta para os riscos da desidratação, que pode levar a sintomas graves.
“As consequências são maiores chances de dor de cabeça, fraqueza, tontura, cansaço, cãibras e ressecamento da boca e pele, além da possibilidade de sintomas mais graves, como a queda brusca da pressão arterial, confusão mental, coma e até morte. A desidratação é mais comum em pacientes pediátricos e idosos, por isso é importante manter atenção redobrada com essa faixa etária”, explicou.
Beber água regularmente é fundamental para evitar desidratação. A recomendação médica é ingerir cerca de 35 ml de água por quilograma de peso diariamente. Para uma pessoa de 60 kg, isso equivale a aproximadamente 2,1 litros de água por dia. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas deve ser evitado, pois elas aumentam a perda de líquidos pelo organismo.
Durante o calor, é indicado consumir alimentos leves e de fácil digestão, como frutas, verduras e legumes. Reduzir a ingestão de sódio também é importante, já que o excesso de sal pode levar à retenção de líquidos e ao aumento da sensação de sede.
Exercícios intensos devem ser evitados entre 10h e 16h, período de maior incidência solar. Caso seja necessário praticar atividades físicas, o ideal é optar por locais arejados e reforçar a hidratação.
O uso de roupas leves, preferencialmente de algodão ou linho, ajuda a reduzir o desconforto térmico. Além disso, o filtro solar deve ser aplicado regularmente para proteger a pele contra queimaduras e outros danos causados pela radiação UV. Bonés, chapéus e óculos de sol também são recomendados.
Sintomas como tontura, desmaios, vômitos ou febre alta podem indicar insolação ou desidratação severa. Em situações de emergência, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em casos mais graves, o Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) pode ser acionado pelo telefone 193.
Com Agência Brasília
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