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Mais uma fase da Operação Lesa Pátria foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (29) visando identificar pessoas que teriam participado ou incitado os fatos que aconteceram 8 de janeiro de 2023 em Brasília, Distrito Federal, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado em móveis, imóveis e objetos.
Conforme a Polícia Federal, estão sendo cumpridos dez mandados debra busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, sendo que cinco deles são em cidades de Santa Catarina, sendo elas:
![Polícia Federal durante Operação Lesa Pátria Polícia Federal durante Operação Lesa Pátria](https://static.ndmais.com.br/2024/08/lesa-patria-800x420.jpg)
Operação Lesa Pátria tem cinco mandados de busca e apreensão em Santa Catarina – Foto: PF/ Divulgação
Além disso, estão sendo feitas buscas em cidades do Rio de Janeiro, em Goiás e em Brasília. Foi determinado, de acordo com informações da PF, a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. A apuração aumenta que os danos causados ao patrimônio público podem chegar a R$ 40 milhões.
Operação Lesa Pátria se torna permanente
Segundo a PF, em tese, os fatos que estão sendo investigados constituem os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
![Viatura da PF Viatura da PF](https://static.ndmais.com.br/2024/08/pf-800x420.jpg)
Operação Lesa Pátria tem mandados em diversos estados do Brasil – Foto: PF/ Divulgação
Ainda de acordo com a polícia, a Operação Lesa Pátria, que passa pela 29ª fase, se torna permanente, e as investigações continuam em curso, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos e pessoas capturadas.
Relembre os atos de 8 de janeiro
Na tarde daquele domingo, 8 de janeiro de 2023, manifestantes revoltados com o resultado das eleições presidenciais vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. As ações foram orquestradas em um acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, de acordo com o relatório produzido pelo interventor Ricardo Capelli.
Os manifestantes invadiram as sedes e destruíram obras de arte, mobiliário e a própria estrutura das Casas. Os danos ao Palácio do Planalto foram estimados no valor total de R$ 7,9 milhões. E os prejuízos causados à sede do Supremo Tribunal Federal atingiram o valor de R$ 5,9 milhões. Dentre as obras destruídas, está o painel Araguaia, o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, entre outros.
![Pessoas invadindo o Palácio do Planalto Pessoas invadindo o Palácio do Planalto](https://static.ndmais.com.br/2024/04/8-de-janeiro-2-800x478.jpg)
Pessoas invadiram e destruiram o STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional – Foto: Agência Brasil/Reprodução/ND
No dia do ato, nove comandantes da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) estavam de férias ou de licença. Também estava de recesso o então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres – ele é suspeito de ter colaborado com o evento
Torres não estava no Brasil no dia do ataque e é investigado por omissão. Dois dias após os ataques, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Torres, onde encontrou a minuta de um golpe de Estado. O documento era o rascunho de um decreto para mudar o resultado das eleições presidenciais de 2022.